Em comunicado à bolsa de Buenos Aires, a companhia de energia da Argentina YPF revelou ter perdido na Câmara de Comércio Internacional a ação promovida pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), juntamente com a TGM e a AESU, que reclamavam da decisão da estatal argentina de suspender as exportações de gás natural para o Brasil, em 2004, quando o preço do combustível começou a cair. Na época, a YPF era controlada pela espanhola Repsol, que, em 2012, foi expropriada pelo governo argentino.
De acordo com a YPF, a decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo processo de arbitragem perante o mesmo tribunal. A decisão vem em um momento em que a empresa está à procura de parceiros para financiar um plano estratégico de 7 bilhões de dólares anuais para elevar sua produção de petróleo até 2017.
A TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas e a norte-americana CMS Energy. A AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51 por cento do capital da Sulgás são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade da Petrobras.
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