O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido na conhecida Conferência de Estocolmo e passou a ser comemorado todo dia 05 de junho”e tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.”
Não podemos falar sobre o assunto sem citar as abelhas. Elas possuem um importante papel na conservação da biodiversidade, já que são responsáveis por 73% da polinização das plantas cultivadas e utilizadas de forma direta ou indireta na alimentação humana, de acordo com dados da própria ONU. A polinização é essencial para a produção da maior parte de sementes e frutos, e este vínculo rende colheitas produtivas para os agricultores e gera benefícios para todos nós.
As notícias de redução de populações de insetos polinizadores e suas possíveis consequências têm sido amplamente divulgadas na mídia nacional e internacional. Sabe-se hoje que o declínio dos polinizadores ameaça a produção mundial de alimentos, portanto, a segurança alimentar dos seres humanos.
No caso específico das abelhas no Brasil, sua extinção pode ser atribuída, em tudo, ao uso alarmante de agrotóxicos. O Brasil, além de ostentar a má fama de campeão mundial no uso de agrotóxicos nas lavouras, faz uso indiscriminado de agrotóxicos sistêmicos, altamente tóxicos para as abelhas.
Quando se fala em abelha vem logo na nossa cabeça, mel e ferrão. Mas a abelha significa muito mais do que isso, principalmente as abelhas nativas. Elas são são responsáveis por 30% da polinização da Caatinga e Pantanal, 90% da Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Floresta Subtropical, e por 80% das plantas que dão recompensa alimentar, tanto para os animais quanto para os seres humanos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Grande parte dessas plantas dependem exclusivamente da polinização feita por insetos, e em especial as abelhas nativas, que, graças à variedade de tamanho, conseguem ajudar na fertilização cruzada de uma forma mais rápida e eficaz
Na cidade gaúcha de Rio Grande, desde outubro do ano passado, está sendo desenvolvido o projeto Polinizando o Pampa que incentiva a criação de abelhas Jataí (Tetragonisca fiebrigi), uma espécie sem ferrão e tem a parceria da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Prefeitura do Rio Grande juntamente com a empresa Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas. A equipe iniciou o trabalho em outubro de 2022, quando os produtores receberam capacitação teórica para a criação de abelhas. Trata-se de um projeto inédito no Rio Grande do Sul.
Conheça um pouco desse projeto inovador sobre as abelhas sem ferrão que ao voarem de flor em flor para coletar alimento – néctar e pólen –, podem realizar a polinização, etapa essencial para a geração de frutos e reprodução das plantas.
Projeto Polinizando o Pampa comemora com avanços e envolvimento da comunidade
Engajamento da sociedade e das escolas públicas
Uma enorme área a disposição das abelhas
Morangos de melhor qualidade
REVEJA A REPORTAGEM EXIBIDA NO JORNAL DO ALMOÇO /RBS EM MARÇO DESSE ANO
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