Engajamento da sociedade e das escolas públicas

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A Meliponicultura  é uma pratica ainda em expansão no Brasil

Por serem dóceis e de fácil manejo, cada vez mais novos produtores despertam o interesse em trabalhar com abelhas sem ferrão. Os motivos são muitos e vão desde a produção de mel, delicioso e muito utilizado para fins terapêuticos, produção própolis, pólen e cera, multiplicação e venda de colônias até para fins de educação ambiental.Segundo a bióloga e doutora em Zoologia Rosana Halinski, coordenadora do Projeto Polinizando o Pampa, a Meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão) é uma pratica ainda em expansão no Brasil. No Rio Grande do Sul ainda carece de apoio e assessoria. “As pessoas gostam, iniciam uma criação, mas por falta de informação as colmeias de abelhas acabam não sobrevivendo. Os produtores selecionados no projeto tiveram um dia de capacitação teórica vendo a biologia, ecologia, aspectos sobre multiplicação, transferências e agora estão recebendo visitas mensais para uma troca contínua de informações e práticas adotadas, cada um em sua propriedade vendo as diferenças de inimigos naturais como formigas, moscas, cobras, sapos e aranhas”, relatou Halinski, proprietária da empresa contratada para o projeto, Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas,e  coordenadora do projeto.

Escola de Ensino Fundamental Professora Sylvia Centeno Xavier na Ilha dos Marinheiros, é uma das cinco escolas que foram selecionadas para o projeto Polinizando o Pampa

Mas é na educação e no engajamento da sociedade que estão às maiores apostas do Polinizando o Pampa. Foram feitos contatos com as professoras e diretoras de cinco escolas municipais para a inserção de uma colmeia didática e realizadas entrevistas para entender a realidade dessas escolas que possuem uma baixa infraestrutura onde os professores exercem múltiplas funções.Isso nos trás um grande desafio para que a cartilha educativa seja aplicada em mais de uma série para ser utilizado ao mesmo tempo, na mesma prática pelo mesmo professor que terá que dominar os temas que estejam inseridos no guia. Vamos realizar uma capacitação com esses professores que serão multiplicadores desse projeto. Entendemos que a educação é a base de tudo e que as crianças são fundamentais para divulgar o projeto Polinizando o Pampa. Os pais também visitarão as escolas para conhecer as abelhas sem ferrão e desmitificar que nem todas as espécies têm ferrão” finalizou Halinski.