Ministério da Pesca esclarece reportagem sobre atum

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Sobre a reportagem “Sermão aos peixes”(“Ilustríssima”, 19/8), o Ministério da Pesca e Aquicultura esclarece o seguinte:

1) O texto não considerou informações passadas pelo ministério;

2) O Brasil faz parte da ICCAT [Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico], que estabelece cotas para captura de atuns. Caso não as utilize, pode perdê-las. Por isso, empresários arrendam navios estrangeiros para compor a frota brasileira e produzir para o país;

3) Por lei, os navios têm parte da tripulação nacional e são monitorados por satélite;

4) O ministro Marcelo Crivella suspendeu o programa de observador de bordo;

5) O atum azul não é espécie-alvo no Brasil;

6) Para renovar a frota, o ministério criou o Profrota;

7) O ministério planeja, ordena e monitora a pesca oceânica de forma sustentável;

8) A gestão de atuns e afins é feita por meio de um comitê permanente de gestão que se reunirá em setembro.

INNI VARGAS, chefe da assessoria de comunicação do Ministério da Pesca e Aquicultura (Brasília, DF)

RESPOSTA DA JORNALISTA LAURA CAPRIGLIONE – As cotas do ICCAT são renegociadas a cada ano, não tendo o caráter definitivo mencionado na carta. A legislação sobre os arrendamentos permite menos brasileiros na tripulação do que o estabelecido na CLT. Na prática, isso tornou-se a regra. O Profrota foi criado há oito anos. Até hoje, segundo o ministério, entregou apenas três embarcações, de um total de cem previstas para a pesca oceânica.