Baixo aproveitamento das hidrovias atrasa transporte de cargas na Amazônia

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O diretor-presidente do Conapra (Conselho Nacional de Praticagem), Gustavo Martins, apontou a necessidade de melhoria na logística, que segundo ele, pode baratear os itens para o consumidor final. De acordo com o executivo, o transporte de cargas na Amazônia está atrasado pelo baixo aproveitamento das hidrovias. “Se nós fossemos comparar com os principais países do mundo, em termos de aproveitamento das hidrovias para o escoamento de cargas, nós estamos muito atrasados”.

De acordo com Martins, o fluxo de transporte para o Polo Industrial, que compreende a entrada de insumos e a saída de produtos finais ainda precisa melhorar e expandir os serviços de cabotagem, aqueles realizados por navios na costa brasileira. Para o dirigente, seria preciso uma quantidade maior de empresas que prestam o serviço de cabotagem. “Mais cargas transportadas, significa um frete mais barato. Quanto menor for o frete, mais barato pode ser vendido”, afirmou.

O prático da Zona de Praticagem 2 (ZP-2), que fica entre Itacoatiara e Tabatinga, José Benedito de Oliveira, disse que as constantes mudanças do regime da cheia e vazante no Amazonas fazem com que a atividade de navegação tenha que se adaptar a novas rotas com frequência.

“Temos o fenômeno das terras caídas. Esses sedimentos que caem tanto no Rio Solimões, quanto no Rio Amazonas, fazem com que os canais sejam alternados. Temos o aparecimento e desaparecimento de ilhas, o que vem impactar na navegações de navios”, disse Oliveira, que atua como prático há 23 anos.