Manancial traz tecnologia de ponta em propulsão para o Brasil

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Em tempos de preocupação com o meio ambiente, a indústria do petróleo e gás, apesar de sua importância, tem sido vista com maus olhos por parte da sociedade. Porém, apesar da má fama, o setor é um dos que mais investe em preservação do meio ambiente. Com esse conceito, a Manancial, distribuidora das empresas espanholas de engenharia naval CintraNaval-Defcar e Sistemar, está trazendo para o Brasil uma tecnologia em propulsão de navios inédita no país. Os propulsores, desenvolvidos pela Sistemar, já são utilizados em mais de 200 embarcações ao redor do mundo, e possuem diferenciais em economia de combustível, diminuição de ruídos, entre outros. Para saber mais sobre o trabalho da Manancial, o repórter André Dutra conversou com o executivo da empresa Eder Zamai de Godoy.

Quais as principais vantagens do sistema propulsor da Sistemar?

São muitas. O sistema é um sucesso mundial com mais de 250 aplicações em embarcações ao redor do mundo. Uma das grandes vantagens é que os propulsores podem ser aplicados tanto em novas embarcações quanto substituindo outros sistemas de propulsão em embarcações já operantes. Além disso, os propulsores da sistemar têm diâmetro otimizado, o que diminui os níveis de ruídos e vibração. Outra vantagem é que o propulsor também tem baixo consumo de combustível e pouquíssima emissão de CO².

Qual a história das empresas representadas pela Manancial no Brasil?

As empresas têm muita experiência no setor de engenharia naval, já tendo projetado mais de 600 barcos a nível mundial. Os principais projetos são barcos de apoio a plataforma, rebocadores, empurradores e até mesmo barcos atuneiros, que têm um nível de exigência técnica bastante elevado.

Por que a CintraNaval e a Sistemar decidiram investir no Brasil? Vocês já têm algum cliente?

Porque é o mercado que está quente no momento. Ao redor do mundo a indústria de petróleo e gás não vem enfrentando seus melhores dias, mas no Brasil a situação é diferente, e realmente é um mercado muito atrativo. Quanto ao cliente, nós conseguimos um bom contrato com muita facilidade, o que também foi um incentivo à operação no país.

Este contrato já está sendo executado?

Ainda não, mas deve entrar em execução ainda este ano. O contrato é para a engenharia de um navio que está sendo projetado e deve entrar em fase de produção até o final deste ano no estaleiro Muliceiro. Mas, além deste contrato, o que motivou a entrada das empresas no Brasil foi a boa reputação internacional, devido à grande experiência das empresas no setor naval, especialmente.

A Manancial já teve algum tipo de impedimento em relação ao conteúdo nacional?

Não. O conteúdo local não foi um problema porque a nossa área é de engenharia, projetos. Nós não fabricamos, montamos ou fornecemos peças, mas sim os projetos e softwares a serem utilizados, que não se enquadram na lei de conteúdo local por enquanto.

Vocês possuem escritório no Brasil?

Por enquanto somos somente uma representação e distribuição de software no país. Mas apesar de conteúdo local não ser um problema, estamos com planos para abrir um escritório de engenharia no Brasil nos próximos anos, de acordo com a demanda. Acreditamos bastante nesta demanda, especialmente de barcos de apoio a plataforma, que têm altíssimo rigor técnico. Nossas estimativas são de que o Brasil tenha uma demanda de 1.800 navios até 2020, sendo 500 destes para a Petrobrás.