Antaq aposta em conjunto de ações para revitalizar cabotagem por hidrovias

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Em 2011, foram movimentados 514.739.968 toneladas. Desse número, 28.719.576 toneladas foram de granel líquido, o que corresponde a 5,58% do total da movimentação.

“Temos de gerar uma logística que agregue confiança, com o uso da navegação de cabotagem e com a revitalização de hidrovias por meio de calado, sinalização. Precisamos quebrar os obstáculos que existem nos rios brasileiros, como algumas barragens que cortam o fluxo dos rios, mais eclusas, para transpor estas barragens, bem como uma mudança de cultura. É um conjunto de ações que visam trazer a carga para uma barcaça de uma hidrovia e para a cabotagem”. A afirmação é do diretor da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviários), Thiago Pereira, que crê que, somente desta forma, o dono da carga passa a ter confiança que ele pode movimentar sua mercadoria através da navegação interior.

 

De acordo com ele, somente com um conjunto de ações é possível ampliar a utilização da cabotagem e tornar o transporte por hidrovias uma realidade no País. Ele lembra, ainda, a importância da cabotagem para a matriz de transportes brasileira, tanto é que o governo já conta comum programa, que está em desenvolvimento, e visa revitalizá-la com parâmetros e ações. “O Ministério dos Transportes chamou pra si este programa de incentivo à cabotagem, que ainda está em um momento de formulação de políticas”, diz.

 

“A grande meta é a que está prevista no PNLT (Plano Nacional de Logística de Transportes), que prevê que, em 2025, a gente conte com uma rede de transportes linear, o que inclui o uso racional de hidrovias, cabotagem, navegação de longo curso, ferrovias e rodovias. Para chegar a uma realidade com uma matriz de transporte linear, temos de evoluir gradativamente, e eu acredito que estamos no caminho certo, pois o governo federal tem destinado mais recursos para o transporte, inclusive para as hidrovias que nunca receberam tanto apoio e atenção como estão obtendo atualmente”, afirma otimista.

Uma prova de que a navegação de cabotagem tem avançado é que o Anuário estatístico Aquaviário, da Antaq, registrou este crescimento. Somente em 2011,a navegação de cabotagem movimentou 133.273.525 toneladas. Desse número, 104.657.709 toneladas foram de granel líquido, o que corresponde a 78,54% do total da movimentação. Em relação ao granel sólido, foram 18.301.965 toneladas (13,73%). Ao analisar a carga geral conteineirizada, a navegação de cabotagem nacional movimentou 5.696.503 toneladas, o que corresponde a 4,27%. Já na carga geral solta, que corresponde a 3,46% do total da movimentação, a cabotagem transportou 4.617.348 toneladas.

 

Comparando com a navegação de longo curso, a cabotagem ainda perde. Em 2011, foram movimentados 514.739.968 toneladas. Desse número, 28.719.576 toneladas foram de granel líquido, o que corresponde a 5,58% do total da movimentação. Em relação ao granel sólido, foram 425.151.919 toneladas (82,60%). Ao analisar a carga geral conteinerizada, a navegação de longo curso nacional movimentou 36.765.912 toneladas, o que corresponde a 7,14%. Já na carga geral solta, que corresponde a 4,68% do total da movimentação, o longo curso movimentou 24.102.571 toneladas.

 

Navegação interior

A navegação interior brasileira transportou, em 2010, 23.831.900 toneladas. No ano passado, esse número chegou a 25.143.503 toneladas, representando um crescimento de 5,5%. A cabotagem em vias interiores transportou, em 2011, 22.325.757 toneladas contra 21.228.963 toneladas, em 2010. Um crescimento de 5,17%. O transporte de longo curso em vias interiores transportou no ano passado 32.344.822 toneladas. Em 2010, esse número foi de 29.359.067. Ao comparar os dois anos, registrou-se um incremento de 10,17%.

 

A cabotagem em 2011:

Total de movimentação: 133.273.525 toneladas.

104.657.709 toneladas foram de granel líquido

18.301.965 toneladas foram de granel sólido

5.696.503 toneladas foram de carga geral conteineirizada

4.617.348 toneladas foram de carga solta

Comparando 2010 e 2011, setor apresentou 5,17% de crescimento