O volume de milho embarcado no primeiro semestre, pelo Porto de Paranaguá, aumentou 221% na comparação com o mesmo período em 2021. Neste ano, de janeiro a junho, 1.900.672 toneladas do cereal foram exportadas pelos terminais paranaenses. No ano passado, 591.538 toneladas.
Depois de dois anos sem exportação de milho no mês (2020 e 2021), neste ano, em junho, o volume carregado do produto chegou a 354.424 toneladas. A movimentação do milho tem se destacado, em 2022, desde o mês de março. (Confira no gráfico e na tabela).
Apesar da colheita já estar avançando no Paraná – já chega a 20% da área plantada no Estado – segundo especialistas, esses volumes exportados ainda não seriam da nova safra de milho e a necessidade de mais espaço para receber a nova safra não é a única explicação para a alta.
De acordo com operadores do milho no Porto de Paranaguá, a guerra da Ucrânia também impulsionou, e muito, os embarques. Em especial, nos últimos meses. Com o conflito, o país (que costuma exportar milho por lá, nessa época do ano) não consegue embarcar. Assim, os países têm que buscar o milho em outras origens, entre elas o Brasil, pelos portos do Paraná.
O Brasil entrou nesse “share” porque ainda tinha estoques, com boas margens de preço. Ou seja, teve demanda e oferta e a gente vem aproveitando desde março.
Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, são as principais origens do milho embarcado pelos Portos do Paraná. Egito, Irã, Espanha, Coreia do Sul e Portugal são os principais países de destino do produto exportado por Paranaguá.
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