Venda para a Argentina recua e afeta exportações

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O comércio com a Argentina contribuiu para a queda de 4,2% na exportação total brasileira de manufaturados em setembro

O efeito da crise argentina nos embarques brasileiros ficou mais claro em setembro. As exportações para o país vizinho caíram 31,8% no mês ante igual período de 2017, no critério da média por dia útil. O desempenho fez a variação das exportações no acumulado do ano migrar para o campo negativo, com recuo de 2,9%, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

Ao mesmo tempo em que os embarques ao país vizinho caíram, a importação brasileira de produtos argentinos subiu 19% em setembro e, no acumulado, cresceu 17,5%. A queda de embarques e a alta nas importações fizeram cair o superávit brasileiro no comércio bilateral, de US$ 5,9 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2017 para US$ 4,3 bilhões em igual período deste ano.

Segundo relatório do Mdic, a queda nos embarques à Argentina em setembro foi puxada por automóveis e autopeças, veículos de carga, tratores, máquinas para terraplanagem e laminados planos, entre outros. Em setembro, segundo o Mdic, a exportação total de automóveis pelo Brasil caiu 29,7%. No acumulado até setembro o recuo foi de 13,8%.