Um quarto dos trabalhadores avulsos usa crack ou cocaína, diz estudo

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Levantamento aponta que consumo de drogas ocorre inclusive no ambiente de trabalho dos portuários avulsos

Uma parcela de 25% dos trabalhadores avulsos do Porto de Santos utiliza crack ou cocaína, muitas vezes no ambiente profissional. Pouco mais de um terço (34%) confessou fumar maconha. E uma parcela de 88% consome bebidas alcoólicas

Reportagem do jornal Tribuna de Santos revela um dado preocupante. Uma realidade que foi constatada a partir de um levantamento inédito feito por alunos e professores do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no complexo marítimo, durante dois anos. E é um dos destaques do livro Porto de Santos – Saúde e Trabalho em Tempos de Modernização, organizado pelas professoras Maria de Fátima Queiróz, Rosana Machin e Marcia Thereza Couto e lançado no último dia 2, na Capital.

A obra investigou as transformações socioeconômicas ocorridas no País – especialmente no setor portuário – a partir da década de 90. Neste período, foi promulgada a primeira Lei de Modernização dos Portos (8.630/93), que mudou drasticamente a realidade do cais santista e, com isso, a saúde dos trabalhadores portuários avulsos (TPA) – estivadores, conferentes, consertadores, vigias, guindasteiros e trabalhadores do bloco, entre outros profissionais.