Tráfego intenso aumenta a quantidade de crianças internadas por problemas respiratórios

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Quanto mais intenso é o tráfego em uma região, maior a quantidade de crianças que foram internadas por problemas respiratórios causados pela poluição

Para quem vive em São Paulo, é quase impossível fugir da fumaça. Com uma frota de mais de 7 milhões de veículos, sempre tem um escapamento por perto para lançar poluição. Muitos dos efeitos dessa poluição já são conhecidos pela ciência. Agora, um novo estudo conseguiu mostrar que existe relação clara entre o trânsito e crianças internadas nos hospitais.

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O estudo foi feito pelo geógrafo Samuel Luna de Almeida. O trabalho procurou saber como o tráfego intenso de São Paulo interfere na saúde dos grupos mais vulneráveis da sociedade – crianças menores que 5 anos e idosos maiores que 65 anos. “Nós usamos métodos estatísticos de análise espacial em epidemiologia que confirmaram a hipótese de que existe associação entre a localização das taxas de internação por doenças respiratórias e a densidade de tráfego em São Paulo”, diz.

Entre 2004 e 2006, o período de análise do estudo, 80 mil crianças de menos de cinco anos foram internadas com problemas respiratórios. Desse número, 20 mil crianças só foram internadas por causa da poluição do ar – são casos em que o diagnóstico e a literatura médica comprovam uma relação entre a doença e a poluição atmosférica.