Sustentabilidade no transporte faz bem à saúde e reduz acidentes

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Em cidades como Amsterdã (Holanda), a central do metrô é quase um edifício garagem de bicicletas

Por Cynthia Castro / Agência CNT de Notícias

Investir no transporte sustentável, que polua menos e tenha estruturas viárias mais preparadas, retirando carros das ruas e também em medidas para atrair a população para a bicicleta e para andar a pé é importante para se obter ganhos na saúde e na redução de acidentes. O assunto foi debatido em um evento paralelo à Rio+20, organizado no Rio de Janeiro pela Embarq, um centro de desenvolvimento de transporte sustentável presente também no Brasil.

“A infraestrutura adequada traz vias mais seguras, com cruzamentos mais seguros, calçadas, ciclovias. Tudo isso contribui para reduzir o número de mortos. Nos países mais pobres os atropelamentos são ainda mais comuns, e temos agora a epidemia das motos em algumas cidades. Além disso, é necessário tomar medidas para se reduzir a poluição das cidades, que contribui para tantas doenças”, diz o gerente da área de desenvolvimento sustentável da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Luiz Augusto Galvão, que trabalha no escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Washington, nos Estados Unidos. Ele participou nesta quarta-fera (20) do painel Transporte Urbano Sustentável Salva Vidas, promovido pela Embarq, na sede da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Galvão comentou também que a solução do transporte coletivo não é a mesma para todas as cidades. Mas ressaltou que se fôssemos falar em benefícios concretos para a saúde das pessoas, é necessário implantar ciclovias. “O ideal mesmo era que todos nós andássemos de bicicleta. Faríamos um exercício diário, que seria ótimo para a saúde mental. E isso é possível. Em cidades como Amsterdã (Holanda), a central do metrô é quase um edifício garagem de bicicletas”. Ele destaca também que os meios de transporte precisam estar integrados, e o uso da bicicleta pode ser combinado com algum tipo de transporte público.

Durante a palestra, Galvão mostrou números de estudos feitos pela Opas. Nas Américas, o trânsito responde por cerca de 140 mil mortes e por cinco milhões de feridos por ano. Ele falou sobre a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 2011 a 2020. “Foi definido um plano com cinco pilares de ações. Se forem aplicadas, há uma estimativa de que será possível reduzir em cinco milhões o número de mortes no mundo”. Os pilares são gestão da segurança no trânsito, infraestrutura viária adequada, segurança veicular, comportamento e segurança do usuário e atendimento pré e pós-hospitalar.

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