Setor naval reage e cresce 55% no último ano, diz Firjan

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11,5% de todos os empregados da indústria naval estavam em Niterói, deixando a cidade atrás apenas de Macaé e da capital.

O Panorama Naval no Rio de Janeiro 2018, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), aponta sinais de melhora no setor em Niterói. Dados da Secretaria municipal de Fazenda contidos no documento, feito em parceria com entidades e empresas do mercado, mostram que houve um crescimento de 55% no faturamento declarado em 2017 em relação ao ano anterior, saltando de R$ 301,8 milhões em 2016 para R$ 467,2 milhões no ano passado.

O montante ainda é inferior ao declarado em 2013 (R$ 562,7 milhões), ano em que os reflexos da crise econômica se acentuaram, provocando o encerramento de contratos e o fechamento de estaleiros. O declínio nos anos seguintes só foi interrompido em 2017. De acordo com o presidente da Firjan Leste Fluminense, Luiz Césio Caetano, a performance pode se manter estável se o foco da indústria for ampliado para o setor de petróleo e gás.

— A indústria ligada apenas à construção naval não existe mais em Niterói. Os dois maiores estaleiros da cidade já não constroem. O Mauá só faz reparos, assim como o Brasa, que ainda dá apoio offshore. Em 2017, por exemplo, a Petrobras fechou contratos de manutenção de R$ 2 bilhões para as bacias de Campos e Santos, mas nada veio para Niterói. Falta competitividade devido ao alto de custo de produção, impostos, combustível, salários e encargos. É uma região que tem uma estrutura naval boa, mas ainda pouco competitiva — argumenta.

Analisando as movimentações no emprego formal em Niterói no ano passado, a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, o estudo da Firjan mostra a notória importância do município para o setor: 11,5% de todos os empregados da indústria naval estavam em Niterói, deixando a cidade atrás apenas de Macaé e da capital.

Fonte: O Globo