Setor de petróleo critica modelo atual de exigência de conteúdo local na exploração

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João Carlos de Luca, presidente do IBP, durante o evento no Rio Centro - Fábio Rossi / Agência O Globo

Apesar das enormes reservas, a indústria de petróleo do Brasil está ficando para trás na competição com mercados atraentes como o Ártico, os EUA e o México, alertou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP). Entre os problemas que afetam a competitividade do país, na visão do setor, está a atual exigência de conteúdo local como contrapartida aos investimentos na área. O presidente do IBP, João Carlos de Luca, defendeu uma “adequação” na obrigatoriedade, sem citar propostas concretas.

— A ideia do conteúdo local é muito boa. Mas o volume de investimentos sofreu uma modificação muito grande, e enquanto os investimentos e a demanda cresceram dez vezes, a indústria local não expandiu dez vezes. Estamos trabalhando na elaboração de soluções para esse problema, como o estímulo a clusters — disse Luca, no evento Rio Oil & Gas, no Riocentro, Zona Oeste do Rio.

Durante o mesmo evento, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, defendeu a exigência do conteúdo local e também de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, como contrapartida pela exploração do petróleo.