“Há 17 anos, num seminário que hoje se tornou a maior feira de comércio exterior do País, fizemos uma intervenção. Dissemos que da maneira como “o barco era conduzido”, fatalmente desapareceríamos do transporte marítimo internacional. Que no futuro seríamos jogados para a cabotagem. É claro que essa colocação irritou os armadores. Mas, o que vemos, desde o final da década de 90, é justamente isso”, essa é a opinião de Samir Keedi, consultor especialista em Comércio Exterior.
Para ele, devemos aproveitar a vantagem internacional dos armadores existentes no mundo, vários com capacidade de realizar todo o comércio exterior brasileiro de container – de entrada e saída, para diversos lugares com unidades cheias e vazias, utilizando apenas metade da sua frota.
“No final dos anos 70 nossa marinha mercante representava 30% da carga transportada. Nós éramos o segundo produtor de navios do mundo. Devemos aproveitar o momento, em especial que nossa infraestrutura é deplorável e realizar algumas mudanças fundamentais que poderão afetar positivamente nossa matriz de transporte”, diz.