Você já parou pra pensar na importância da energia, no quanto ela move o mundo?
Houve um tempo em que a força do ser humano era a única ferramenta de interação que tínhamos com o mundo ao nosso redor. Mas presenciamos um grande salto de crescimento quando a humanidade agregou forças. Iniciamos com o motor a vapor guiado pela queima do carvão. Chegamos à combinação de processos e máquinas que fez a revolução industrial acontecer, movimentando fábricas, ferrovias, navios e empresas. Com o petróleo, foi a vez do motor ganhar combustão. E a economia passou a ser orientada por esse recurso fóssil.
Hoje, nosso desenvolvimento não pode prosseguir sendo guiado por fontes não renováveis como carvão, petróleo e gás natural. Além de serem esgotáveis, essas fontes de energia são as maiores responsáveis pela emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
A boa nova é que, em termos de energia, temos motivos para celebrar. Enquanto mais de 80% da energia utilizada no mundo vem de fontes não renováveis, no Brasil esse percentual cai para um valor abaixo de 50%.
Ainda assim, para a ONG Verde, o Brasil deve reduzir o uso dos recursos hidráulicos como fonte energética. Apesar de renováveis e não poluentes, as hidrelétricas afetam o meio ambiente. Por isso, desde 2010, a ONG trabalha pela conscientização e inclusão gradativa das energias solar e eólica na matriz energética brasileira.
Um de seus projetos é a Casa12Volts, a primeira casa quadrivolts offgrid do Brasil (sistema onde a energia pode ser armazenada). Nela, a eletricidade é proveniente da instalação de placas fotovoltaicas (energia solar), aerogerador (energia dos ventos) e bicicletas para oficinas (energia por esforço físico). A energia produzida é contínua e capaz de ligar ou carregar qualquer equipamento eletrônico, desde luzes a geladeiras. A ONG Verde pretende levar esse sistema para casas urbanas e rurais.
Além dos recursos naturais que podem ser utilizados nas demandas energéticas brasileiras, as políticas públicas como o Pró-Álcool e o Renovabio impulsionam a produção de etanol por meio da biomassa da cana-de-açúcar e do biodiesel a partir do óleo de soja. Com isso, na última década, a produção de etanol teve 25% de aumento e a de biodiesel 84%. Graças a programas como o Pró-Álcool e o Renovabio, elevamos o uso de diversas fontes renováveis como solar, biodiesel, biogás e eólica, como se pode observar no relatório da EPE. Sem falar na redução de 5,6% no uso de fontes não renováveis como o petróleo.
Principais fontes
Agência Nacional do Petróleo – ANP, Biocombustíveis, 2020. Disponível em: http://www.anp.gov.br/arquivos/central-conteudos/anuario-estatistico/2020/texto-secao-4.pdf. Acesso em: 29/04/2021.
Gupta V. K., et al., Recent developments in bioenergy research. Elsevier, 2020.
Lima, M.A. et al., Renewable energy in reducing greenhouse gas emissions: reaching the goals of the Paris agreement in Brazil. Environmental Development, 2020.
Stolf, R.; Oliveira, A.P.R. 2020. The success of the Brazilian alcohol program (Proálcool) – a decadeby-decade brief history of ethanol in Brazil. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1809-4430-Eng.Agric.v40n2p243-248/2020
Zuin, V.G; Ramin, L.Z. 2017. Green and Sustainable Separation of Natural Products from Agro-Industrial Waste: Challenges, Potentialities, and Perspectives on Emerging Approaches. Top Curr Chem (Z) (2018) 376:3 https://doi.org/10.1007/s41061-017-0182-z