Projeto de maior complexo eólico do RS, de R$ 3,3 bilhões, busca investidores

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Empresa tem medição de 12 anos que prevê aproveitamento em Rio Grande mais próximo do obtido no Nordeste

Aos poucos, o vento volta a soprar a favor de projetos eólicos do Estado, depois de uma calmaria forçada que durou anos, em decorrência do atraso nas obras que permitem a conexão com o sistema nacional de transmissão de energia.

Agora, um dos projetos que buscam investidores é candidato a se tornar o maior do Rio Grande do Sul e um dos cinco mais potentes do Brasil. O Complexo Eólico Wind Park planeja se instalar em Rio Grande, às margens da BR-471. Prevê investimento de R$ 3,3 bilhões em 150 aerogeradores com capacidade de 4,5 megawatts (MW) cada, chegando ao total de 675 MW. Hoje, o maior do Estado, o Campos Neutrais, no Chuí, tem 582,8 MW.

Em fase de licenciamento ambiental, obteve o termo de referência da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Empresa espera receber licença prévia (LP) no início de 2023. Com isso, já aguarda o despacho de registro de outorga da Aneel, que permite a solicitação de acesso ao sistema elétrico para escoar energia produzida. A partir desse momento, poderá receber investidores.

Segundo Pablo Castellarin, sócio-diretor da Wind Park, o projeto combina logística, proximidade de conexão com o sistema elétrico e qualidade do recurso eólico. Como muitos aerogeradores e equipamentos são importados ou vêm de outras regiões do Brasil, a proximidade do porto de Rio Grande  é estratégica.

Na avaliação do executivo, o Rio Grande do Sul tem “enorme potencial” de expansão. O Wind Park prevê aerogeradores com tecnologia mais avançada e maior altura, que permitem alcançar fatores de capacidade mais altos. Esse indicador reflete quanto da potência instalada efetivamente se transforma em geração de energia.

O projeto tem torres de medição de ventos funcionando no local desde 2010. A série histórica de 12 anos, acompanhada por certificadoras, identificou fator de capacidade de 50,2%, considerado alto para energia eólica. Para comparar, a média dos parques gaúchos é de 34,5%, enquanto no Nordeste chega a 60%.

Castellarin diz ver uma “janela de oportunidade” para esse tipo de projeto, porque a demanda por eletricidade tende a aumentar, e fontes renováveis serão essenciais para esse crescimento. Para o sócio-diretor da Wind Park, há esgotamento da capacidade de conexão no Nordeste, o que faz com que mais empresas se voltem para alternativas no Estado.

O projeto foi desenvolvido com foco em áreas com atividade agropecuária consolidada há mais de 50 anos. Para preservar ao máximo a produção existente no local, foi estudada a melhor posição possível dos aerogeradores. Entre os parceiros da iniciativa estão o Banco Alfa, que tem mandato para fazer a venda do projeto, e a Biolaw, que acompanhou todo o processo de licenciamento ambiental.

Fonte: GZH / Marta Sfredo

Aos poucos, o vento volta a soprar a favor de projetos eólicos do Estado, depois de uma calmaria forçada que durou anos, em decorrência do atraso nas obras que permitem a conexão com o sistema nacional de transmissão de energia.

Agora, um dos projetos que buscam investidores é candidato a se tornar o maior do Rio Grande do Sul e um dos cinco mais potentes do Brasil. O Complexo Eólico Wind Park planeja se instalar em Rio Grande, às margens da BR-471. Prevê investimento de R$ 3,3 bilhões em 150 aerogeradores com capacidade de 4,5 megawatts (MW) cada, chegando ao total de 675 MW. Hoje, o maior do Estado, o Campos Neutrais, no Chuí, tem 582,8 MW.

Em fase de licenciamento ambiental, obteve o termo de referência da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Empresa espera receber licença prévia (LP) no início de 2023. Com isso, já aguarda o despacho de registro de outorga da Aneel, que permite a solicitação de acesso ao sistema elétrico para escoar energia produzida. A partir desse momento, poderá receber investidores.

Segundo Pablo Castellarin, sócio-diretor da Wind Park, o projeto combina logística, proximidade de conexão com o sistema elétrico e qualidade do recurso eólico. Como muitos aerogeradores e equipamentos são importados ou vêm de outras regiões do Brasil, a proximidade do porto de Rio Grande  é estratégica.

Na avaliação do executivo, o Rio Grande do Sul tem “enorme potencial” de expansão. O Wind Park prevê aerogeradores com tecnologia mais avançada e maior altura, que permitem alcançar fatores de capacidade mais altos. Esse indicador reflete quanto da potência instalada efetivamente se transforma em geração de energia.

O projeto tem torres de medição de ventos funcionando no local desde 2010. A série histórica de 12 anos, acompanhada por certificadoras, identificou fator de capacidade de 50,2%, considerado alto para energia eólica. Para comparar, a média dos parques gaúchos é de 34,5%, enquanto no Nordeste chega a 60%.

Castellarin diz ver uma “janela de oportunidade” para esse tipo de projeto, porque a demanda por eletricidade tende a aumentar, e fontes renováveis serão essenciais para esse crescimento. Para o sócio-diretor da Wind Park, há esgotamento da capacidade de conexão no Nordeste, o que faz com que mais empresas se voltem para alternativas no Estado.

O projeto foi desenvolvido com foco em áreas com atividade agropecuária consolidada há mais de 50 anos. Para preservar ao máximo a produção existente no local, foi estudada a melhor posição possível dos aerogeradores. Entre os parceiros da iniciativa estão o Banco Alfa, que tem mandato para fazer a venda do projeto, e a Biolaw, que acompanhou todo o processo de licenciamento ambiental.

Fonte: GZH / Marta Sfredo