Pouco uso de hidrovias e ferrovias eleva custo para escoar soja no RS

0
778
IMPRIMIR


Enquanto um frete rodoviário de Porto Alegre a Rio Grande, por exemplo, custa em média R$ 55 a tonelada, por barco sai em torno de R$ 35 reais a tonelada. É 63% a menos.

A baixa procura pelo transporte hidroviário no setor agrícola, segundo especialistas, é atribuída à falta de novos terminais de embarque e desembarque nos principais rios e canais do estado. Outro entrave é que a hidrovia escoa grandes cargas.”Não pode ser quantidade pequena senão o setor hidroviário não absorve. Para que isso aconteça, o sistema cooperativo se beneficia porque aí a própria cooperativa reúne um certo grupo dependendo do produto, e aí sim forma uma quantidade viável ao setor hidroviário”, analisa o professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Gilberto Cunha.

10746335884_af4e90af6d_o (1)
De 14 milhões de toneladas, só R$ 1,6 milhão chegam ao porto gaúcho usando as hidrovias, o que representa apenas 11,4% do total.

Transportar por hidrovia é um ganho para o meio ambiente em relação ao transporte por rodovia. Além disso, a manutenção rodoviária é bem mais elevada do que a hidroviária.

O Rio Grande do Sul tem cerca de 700 quilômetros de malha hidroviária, por onde passaram 3% de toda a carga movimentada no estado no ano passado.

“Uma determinação do atual governador é que a gente avance nesse sentido, embora não tenhamos recursos. Estamos buscando, já fizemos investimento em boias, temos recursos da Cide e estamos buscando navegabilidade 24 horas, com investimento na ordem de R$ 2 mi”, afirma o diretor da Superintendência Portos e Hidrovias, Luiz Alcides Capoani.

Outra alternativa para o transporte da soja também é pouco utilizada. De toda a soja que chega ao Porto de Rio Grande, quase 18% vai por ferrovias.

A empresa que contrata um caminhão para sair com soja de Cruz Alta até o porto de Rio Grande paga em média R$ 72 por tonelada. Já no caso do trem, o custo é R$ 65 a tonelada.

Hoje todo o transporte ferroviário no sul do país é feito pela ALL, em um sistema privado. De trem, de navio ou de caminhão, a safra de soja chega na última parada em solo gaúcho. Do Porto de Rio Grande, os grãos seguem o caminho da exportação.

Fonte:Do G1 RS

MAIS REPORTAGENS SOBRE OS NÓS DA LOGÍSTICA NO BRASIL