Polo naval gaúcho: o colapso de uma economia

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 Indústria naval movimentou a economia de Rio Grande, no Sul do Estado, até meados desta década

por Patrícia Lima

A manhã era de sol e um vento fresco soprava do mar, amainando o forte calor que já fazia no Sul do Estado às vésperas do verão. Uma espécie de névoa invisível, porém, deixava o clima pesado naquele dia 12 de dezembro de 2016. Centenas de pessoas disputavam o ar quase irrespirável, contaminado pela revolta que circulava na entrada do Estaleiro Rio Grande.

Sem aviso, ao chegarem para cumprir seu turno, 3,2 mil trabalhadores foram demitidos. Outras dispensas já vinham acontecendo em todo o polo naval e havia suspeita de que um desligamento de grandes proporções era possível, mas ninguém queria acreditar que chegaria a tanto.

Homens choravam, gritavam ameaças, prometiam resistir. Era o fim de um sonho. O polo naval gaúcho, cujas promessas de prosperidade superavam as mais otimistas expectativas menos de dois anos antes, chegava ao fim de forma abrupta e traumática.

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