Pesquisadores encontraram vestígios que seriam de um dos últimos e mais simbólicos navios escravagistas que chegaram ao Brasil, em 1852, dois anos após a Lei Eusébio de Queirós —que vedava o tráfico de pessoas escravizadas no país e classificava o transporte como pirataria.
O brigue (como é chamado o navio de dois mastros) Camargo foi usado para trazer ilegalmente cerca de 500 pessoas de Moçambique, na África. Entre elas, havia crianças e adolescentes. Todos foram levados para trabalho forçado em fazendas de café do Vale do Paraíba
Além de ser o último navio a chegar com repercussão no país, o Camargo tem um simbolismo especial também por causa do capitão norte-americano Nathaniel Gordon, que foi a única pessoa julgada, condenada e morta pelo governo dos EUA por comércio de escravos sob a Lei da Pirataria de 1820