Nova Engevix é liberada para prestar serviços à Petrobrás e já busca fechar primeiro contrato ainda neste ano

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De volta ao jogo. A Nova Engevix está comemorando o seu mais recente feito. A empresa saiu da lista de bloqueio da Petrobrás e, agora, poderá ser novamente contratada para prestar serviços à estatal. A novidade está gerando muita expectativa para a construtora, que já está traçando fechar ainda em 2020 o seu primeiro contrato depois do desbloqueio. É o que afirma o diretor de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Luiz Fernando Pugliesi. “O ano de 2020 marca o recomeço efetivo do posicionamento da Nova Engevix no mercado. Até o final do ano, vamos brigar para ter um contrato na área de óleo e gás. Para 2021, estamos otimistas para construir uma carteira de contratos nesse setor”, declarou.

O executivo citou alguns dos segmentos que despertam interesse, como descomissionamento, refino e gás natural. Este último setor, em especial, possui um amplo horizonte de crescimento na visão de Pugliese. “Acreditamos que esse mercado terá uma ampla expansão no Brasil durante os próximos anos”, projetou. Além de novos negócios com a Petrobrás em gás natural, a construtora também espera fechar contratos com petroleiras internacionais. “Como é de conhecimento do mercado, a Petrobrás assinou nesta semana um acordo possibilitando o uso das infraestruturas do sistema de escoamento e processamento de gás natural por outras companhias. Isso possibilita que a Nova Engevix vislumbre alguns investimentos por empresas privadas no setor de gás natural”, concluiu.

Gostaria de começar nossa entrevista perguntando o que representa este retorno da Nova Engevix para o rol de fornecedores da Petrobrás.

Estamos trabalhando nessa questão desde o início deste ano. Com muito esforço, conseguimos fazer com que a Petrobrás retirasse o bloqueio que havia contra a Engevix em seu cadastro de fornecedores. É importante lembrar que nosso Acordo de Leniência já dava cobertura para esse desbloqueio. Contudo, a Petrobrás ainda fez uma série de questionamentos para a empresa. Fomos esclarecendo todos esses pontos levantados pela Petrobrás até chegarmos ao ponto atual, quando a empresa retirou o bloqueio. Temos agora uma etapa a seguir, que é atualizar todas as informações econômicas, técnicas e jurídicas que compõem a documentação cadastral da Petrobrás.

O senhor poderia detalhar um pouco mais como está sendo esse processo de requalificação da Nova Engevix dentro do cadastro de fornecedores da estatal?

A Petrobrás criou uma estrutura de avaliação de seus fornecedores, chamada de Grau de Risco de Integridade (GRI). Isso, inclusive, é um requisito de habilitação para participação de empresas em licitações. A Petrobrás cataloga as fornecedoras em três níveis: GRI baixo, GRI médio e GRI alto. Cada licitação exige um determinado GRI.

Nosso GRI hoje é alto. Então, para os principais editais nas principais concorrências, nosso grau de risco precisa ser baixo ou médio. Então, nosso desafio de agora é mudar nosso GRI para médio ou baixo. Acreditamos que vamos conseguir alcançar essa reanálise de nosso GRI assim que entregarmos todas as novas documentações técnicas, jurídicas e econômicas da Nova Engevix. 

A maioria das licitações que temos interesse exigem GRI médio ou baixo. Então, estamos atualizando toda nossa documentação para buscar atingir essa classificação dentro da análise de risco da Petrobrás.

Quando conseguirem superar essa etapa, que tipo de negócios a empresa buscará dentro da Petrobrás?

Nós buscaremos negócios na área de refino e gás natural. Em geral, são unidades industriais e de processo, tratamento de gás, processos dentro de refinarias, REVAMP de unidades e área de dutos. Esse é o nosso foco de interesse da Nova Engevix com a Petrobrás nesse momento.

Especificamente falando do mercado de gás natural, vislumbramos algumas oportunidades com outras empresas como, por exemplo, a Shell. Como é de conhecimento do mercado, a Petrobrás assinou nesta semana um acordo possibilitando o uso das infraestruturas do sistema de escoamento e processamento de gás natural por outras companhias. Isso possibilita que a Nova Engevix vislumbre alguns investimentos por empresas privadas no setor de gás natural. Acreditamos que esse mercado terá uma ampla expansão no Brasil durante os próximos anos.

A atividade de descomissionamento também desperta interesse. Estamos acompanhando que a Petrobrás está descomissionando uma unidade no Terminal de Cabiúnas. Estamos olhando para essa oportunidade, aguardando a  Petrobrás definir pelo andamento desta licitação. Eles chegaram a anunciar essa concorrência, mas que depois foi postergada. Existem diversos descomissionamentos previstos para os próximos anos e, por isso, essa área desperta interesse sim.

O senhor pode nos apresentar uma previsão de quando a Petrobrás terminará a revisão da documentação para que a Nova Engevix passe a fornecer novamente para a estatal?

Nós imaginamos que isso pode ocorrer nos próximos dias ou próximas semanas. A entrega dos documentos por parte da Nova Engevix já está acontecendo. Desde quando fomos reabilitados no cadastro, nós começamos a entregar essa documentação. Estamos agora no aguardo do prazo de análise da Petrobrás. Não existe um prazo definido para essa análise, mas acreditamos que conseguiremos fechar esse processo, no máximo, em mais um mês. 

Por fim, gostaria de ouvir suas perspectivas em relação ao mercado de óleo e gás.

Esse é um mercado que a Engevix, historicamente, sempre atuou. Isso não será diferente agora com a Nova Engevix. Faz parte do nosso planejamento atuar no mercado de óleo e gás. Então, nós esperamos fechar o ano de 2020 com um contrato na área industrial de óleo e gás. Estamos acompanhando o mercado, que no momento não tem muitas oportunidades. Ainda assim, estamos vendo o cenário com bons olhos e temos visto uma continuidade de investimentos nessa área. Até porque o setor ficou restrito de investimentos por muitos anos e, agora, estão acontecendo algumas oportunidades no mercado de óleo e gás.

A Nova Engevix vai, com certeza, fechar o ano com uma nova perspectiva, cumprindo o nosso objetivo para 2020 – que era o reposicionamento da empresa no mercado de obras EPC. Hoje, já temos contratos nos setores de transmissão de energia e infraestrutura. O ano de 2020 marca o recomeço efetivo do posicionamento da Nova Engevix no mercado.Até o final do ano, vamos brigar para ter um contrato na área de óleo e gás. Para 2021, estamos otimistas para construir uma carteira de contratos nesse setor.

Fonte: petronotícias