De acordo com um estudo realizado pela ISWA (International Solid Waste Association), mais de 20 milhões de toneladas de lixo são despejados nos oceanos anualmente, sendo que 80% vêm das cidades. Além disso, resultados apontam que metade dos resíduos são plásticos, ou seja, 12,5 milhões de toneladas. Neste contexto, a agência científica nacional da Austrália, CSIRO, estima que há 14 milhões de toneladas métricas de microplásticos nos oceanos. O número constatado é 35 vezes maior do que o esperado. Visando este cenário, o grupo A.P. Moller – Maersk tem atuado junto à Ocean CleanUp, organização holandesa sem fins lucrativos, com serviços de gerenciamento de cadeia de suprimentos de ponta a ponta para sistemas de limpeza de rios e oceanos. Recentemente, o projeto concluiu a fase de testes, validando a eficácia da tecnologia.
Agora, o principal objetivo da parceria é expandir o tamanho do sistema e capturar uma maior quantidade de lixo de forma eficaz.
A missão da The Ocean CleanUp é desenvolver tecnologias avançadas para livrar os oceanos do mundo do plástico. Para isso, pretende interromper o afluxo via rios e limpar o que já se acumulou no oceano. O objetivo final da organização é atingir uma redução de 90% do plástico flutuante do oceano até 2040. O local de atuação da organização é a região conhecida como ilha do lixo do oceano pacífico (Pacific Ocean Garbage Patches, em inglês), com uma extensão de 1,6 milhões de km², ou seja, três vezes o tamanho da França. Há 1,8 trilhão de pedaços de plástico na região, totalizando cerca de 80 mil toneladas de lixo. Há, ainda, plásticos datados de 1977 na ilha.