No próximo dia 13 de abril, às 09h, na Sala de Convergência da Assembleia Legislativa, acontece o ato de instalação da PRÓPOR-RS, que será presidida pelo deputado estadual Adilson Troca (PSDB). Na sequência ocorrerá reunião de trabalho sobre o tema Sistema Hidroviário, com apresentações do Secretário dos Transportes e Mobilidade do RS, Pedro Westphalen, e do presidente da ABTP – Associação Brasileira dos Terminais Portuários, Willen Mantelli.
O deputado Adilson Troca defende que no cenário de crise que o Estado e o Brasil enfrentam, o setor pode ser decisivo na geração de empregos, renda e atração de investimentos. “Vamos em busca de soluções estratégicas. Pretendemos identificar e acompanhar os problemas relacionados à multimodalidade logística que gera sobre preço significativos nos produtos de exportação, diminuindo nossa competitividade perante outros estados”.
O objetivo é fazer um diagnóstico dos gargalos e fomentar alternativas viáveis para superá-los. Haverá o acompanhamento permanente das situações que envolvem as questões vinculadas ao comércio do RS, seja ele exterior ou interno, e em especial às dificuldades no escoamento das safras agrícolas.
O sistema hidroviário do RS é composto de manancial navegável natural de mais de 700km, hoje totalmente subutilizado. A PRÓPOR deverá funcionar de maneira articulada com os diversos setores envolvidos com as atividades portuárias e hidroviárias, unindo as esferas governamentais, órgãos ambientais, Marinha, empresários e outras autoridades.
Agenda de discussões da PRÓPOR-RS:
Maio: Sistema hidroportuário do RS
Junho: Portos e terminais públicos e privados
Julho: Infraestrutura de transportes e logística pública e privada – multimodalidade
Agosto: Parcerias público-privadas no segmento
Setembro: Polo Naval de Rio Grande
Outubro: Polo Naval de Charqueadas e Guaíba
Novembro: Sistemas Empresariais Vinculados ao Offshore
BUROCRACIA
A liberação das licenças ambientais é muito demorada e a legislação dificulta a instalação de indústrias na beira dos rios com o intuito de evitar a poluição dos leitos d’água.
INFRAESTRUTURA
A falta de embarcações adequadas, modernas e com capacidade para o transporte de grandes volumes de contêineres é outro gargalo para o desenvolvimento do sistema hidroportuário.
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
O regime trabalhista brasileiro também é criticado. No Rio Grande do Sul são necessários de seis a sete tripulantes em cada embarcação, enquanto na Holanda, onde o transporte é muito mais complexo devido ao fluxo constante de barcos em circulação, são exigidos apenas dois tripulantes.
PÚBLICO X PRIVADO
O transporte hidroviário acontece através de parcerias público-privadas. Por isso as partes devem andar na mesma direção e estabelecer uma integração maior.
PRINCIPAIS CARGAS
Pelas hidrovias gaúchas são transportadas, basicamente, soja e derivados, fertilizantes, celulose, combustíveis e produtos químicos e produtos florestais.
HIDROVIAS GAÚCHAS
Rios Jacuí, Taquari,Caí, Sinos e Gravataí,Guaíba, Lagoa dos Patos