Hillary observa no Ártico os efeitos do aquecimento global

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Hillary Clinton conversa com ministro de Relações Exteriores da Noruega, Jonas Gahr Stoere

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, viajou neste sábado até o Ártico, região com grandes reservas de petróleo, para observar os efeitos do aquecimento global. Em Tromsoe, Noruega, após percorrer o litoral do Ártico em um navio de pesquisas norueguês acompanhada de cientistas e autoridades, Hillary declarou: “Muitas das previsões sobre o aquecimento no Ártico foram superadas por dados reais. Não foi surpreendente, mas foi instrutivo.”

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Especialistas calculam em 900 bilhões de dólares o valor das reservas de petróleo do Ártico, sem contar as de gás natural e minerais. O aquecimento global na região deixa descobertos anualmente 46.000 quilômetros quadrados antes revestidos de gelo, o que causa grandes perspectivas para a prospecção de petróleo e o desenvolvimento do comércio marítimo leste-oeste. Os Estados Unidos querem que o Conselho do Ártico, formado pelos países mais próximos da região, continue se ocupando das mudanças naquele local. Mas outros governos, como a China, também têm ambições petroleiras, comerciais e ligadas ao gás na região.

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“Muitos países estudam qual será o potencial em termos de exploração e extração de recursos naturais, bem como de novas rotas marítimas, e expressam um interesse crescente pelo Ártico. Queremos que o Conselho do Ártico se mantenha como principal instituição que administra as questões ligadas à região”, disse Hillary. A secretária de Estado faz um giro que começou na Dinamarca e, depois da Noruega, a levará a Suécia, Armênia, Geórgia, Azerbaijão e Turquia.

Vista da cidade norueguesa de Tromso, no Círculo Polar Ártico