“A Barra do Rio Grande é, sem dúvida, uma das mais desagradáveis e mais perigosas que existem. Se uivavam os temporais fora da Barra, os navios permaneciam em espera agônica, bordejando o largo, ou então se afastavam, para fugir dessa área de perigo.”
1858 Viajante Ave Lallemant,do livro Viagem pelo Sul do Brasil
“Dentre essas tenebrosas viagens, muitas acabavam em naufrágios.De 1846 a 1860,ocorreram 39 sinistros marítimos. De 1860 a 1880,mais 27 e de 1881 a 1894, nada menos de 83 naufrágios.”
1934 Jornal o Noticiador
“Havia, na Barra, um atalaia de madeira, quebrando a monotonia da costa e indicando a entrada. No alto da torre, ao avistar-se uma embarcação, içava-se uma bandeira vermelha.Não havendo água suficiente, o pavilhão da torre era arriado e o barco aguardava fora a ocasião propícia para transpor a barra. A orientação custava dez mil réis.”
1854 Jornal o Diário do Rio Grande
” Um navio encalhado e três perdidos durante uma quinzena é coisa que, se não nos falta a memória, ainda não foi testemunhado pelos moradores desta cidade.”
1854 Jornal o Diário do Rio Grande
“Muito antes de Francisco Marques Lisboa enfrentar os desafios de navegação da Barra do Rio Grande, várias figuras ilustres já haviam, estado cara a cara com esse fantasma. Um deles, o General Gomes Freire de Andrade, vendo a Barra, deixa escapar uma frase que entraria na história da praticagem: – Mas que Barra diabólica!”
2000 Trecho do livro ” Rio Grande do Sul,prazer em conhecê-lo”, de Luis Carlos Barbosa Lessa
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