Os trabalhadores avulsos do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, paralisaram suas atividades na manhã desta segunda-feira (2) por tempo indeterminado. Mais uma vez, o Ogmo, Órgão Gestor de Mão de Obra, ordenou a implantação do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, cerca de 8 mil trabalhadores aderiram à greve, entre eles estivadores, operários portuários de capatazia, operadores de guindastes e empilhadeiras, consertadores, vigias de bordo e trabalhadores do bloco. A paralisação afeta o trabalho de todas as embarcações que dependem dos trabalhadores, que estão atracadas em mar e em terra.
“Não somos contra o descanso de 11 horas, mas queremos que sejam cumpridas também os direitos do trabalhor avulso como, por exemplo, a garantia de trabalho ou do ganho do trabalhador. Não está havendo vontade de negociar”, explica Nei. Segundo o sindicato, ao contrário dos empregados fixos de qualquer setor, os avulsos ganham apenas quando têm trabalho disponível. E, muitas vezes, o descanso obrigatório os prejudica.
O presidente do sindicato da categoria conta que a Sopesp e o Ogmo não compareceram à reunião de negociação realizada no Ministério do Trabalho, na última quinta-feira (29). O descanso seria o tema da mesa redonda. “Enquanto não houver negociação, a greve continua”, diz Nei. O Sopesp afirmou que o Ogmo é quem responde pelo intervalo. Já o Ogmo disse que o intervalo de 11 horas de descanso é obrigatório.
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Em março, a categoria deu início a uma operação padrão como forma de protesto após a decisão da obrigatoriedade, imposta pelo Ogmo, do intervalo de 11 horas de descanso entre as jornadas de trabalho dos avulsos. Após a ação dos estivadores e reunião no Ministério do Trabalho, a decisão foi suspensa.