Entenda os impactos climáticos e econômicos de um possível La Niña no segundo semestre

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No Rio Grande do Sul, o La Niña tem como marca a estiagem, já que o fenômeno diminuiu o volume e a frequência da chuva, aumentando a seca.

Lembrado pela estiagem severa que marca seus anos de atuação no Rio Grande do Sul, o La Niña deve retornar já no segundo semestre deste ano, depois do enfraquecimento do El Niño e de um curto período de neutralidade. Ainda que não seja possível antecipar os impactos ambientais e econômicos do fenômeno, a previsão preocupa economistas e representantes da agricultura no RS. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) afirma que os órgãos da administração pública têm planos específicos relacionados ao evento.

A projeção de ocorrência do La Niña em 2024, com probabilidade acima de 50%, foi divulgada no início deste mês, no relatório mensal do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), feito em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad). O documento também prevê o enfraquecimento do atual El Niño nos próximos meses e, na sequência, um período de neutralidade entre abril e junho.

— O que já estamos observando no oceano é que o El Niño começou a enfraquecer. E os modelos meteorológicos, que são nossas principais ferramentas para previsão, nos apontam que esse enfraquecimento tem grande chance de progredir para o La Niña. Pode ocorrer de o El Niño ter um repique, que é quando enfraquece e volta a se intensificar, mas as ferramentas mostram que não teremos esse repique — comenta Daniel Caetano, meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A projeção de ocorrência do La Niña em 2024, com probabilidade acima de 50%, foi divulgada no início deste mês, no relatório mensal do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), feito em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad). O documento também prevê o enfraquecimento do atual El Niño nos próximos meses e, na sequência, um período de neutralidade entre abril e junho.

— O que já estamos observando no oceano é que o El Niño começou a enfraquecer. E os modelos meteorológicos, que são nossas principais ferramentas para previsão, nos apontam que esse enfraquecimento tem grande chance de progredir para o La Niña. Pode ocorrer de o El Niño ter um repique, que é quando enfraquece e volta a se intensificar, mas as ferramentas mostram que não teremos esse repique — comenta Daniel Caetano, meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O La Niña anterior começou no segundo semestre de 2020 e se estendeu até o início de 2023. Conforme o especialista, essa duração é considerada atípica e causou estiagem prolongada, em função da falta de chuva. Ainda no ano passado, após poucos meses de neutralidade, as águas do Oceano Pacífico Equatorial começaram a aquecer, indicando a chegada do El Niño — no território gaúcho. O fenômeno é responsável principalmente pelo aumento da chuva, o que causou enchentes, inundações e mortes nos últimos meses.

Fonte: GZH