Engenharia Naval II

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Floriano Martins Pires, da Sociedade de Engenharia Naval (Sobena) e professor da UFRJ, também aponta para um cenário perigoso. A pressa para atender aos pedidos, sem que o mercado tivesse tempo para se preparar, trouxe para o Brasil empresas internacionais, mas não há garantias de que elas vão transferir tecnologia ou sequer manter-se aqui quando o volume de investimentos cair. O risco é de outra grande retração — como já se viu no passado — já que estaleiros e escritórios não estão prontos para disputar com competitividade e prazos à altura com as empresas das líderes Coreia do Sul, Japão e China, por exemplo. Contabilizados os nove principais estaleiros, sendo sete em operação, a carteira de encomendas do Brasil representa 2% da produção mundial de navios.