Mão de obra japonesa

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Os japoneses, que foram líderes por 40 anos e perderam mercado nos últimos anos para a Coreia, hoje estão em terceiro lugar quanto à quantidade e valores das obras contratadas

O Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE) tem como sócia desde junho de 2013 a Ishikawajima-Harima Heavy Industries (IHI), que comprou 25% de participação no negócio após uma parceria tecnológica iniciada meses antes. Em outubro do mesmo ano, foi a vez da Ecovix, em Rio Grande (RS), vender 30% de seu capital a cinco japonesas, entre elas a Mitsubishi Heavy Industries.

A inspiração dos estrangeiros deu certo na Ecovix, com capital japonês desde 2013. O objetivo foi permitir o aporte de tecnologia e expertise operacional, além de contribuir para alcançar padrões de qualidade e de cumprimento de prazos na construção de equipamentos críticos para a exploração do pré-sal. Profissionais especializados foram trazidos para funções para as quais não havia mão de obra local, devido ao grau de complexidade da atividade, e são fundamentais para o processo construtivo e de formação da mão de obra local.

Os japoneses, que foram líderes por 40 anos e perderam mercado nos últimos anos para a Coreia, hoje estão em terceiro lugar quanto à quantidade e valores das obras contratadas e buscam associações no Brasil. Não há consenso sobre o tamanho do mercado de engenharia naval no Brasil. Para uns, faltam engenheiros para competir globalmente; para outros, a medida está ajustada. Há ainda quem acredite que já temos mão de obra em excesso.