Em novo recorde, produção de azeite de oliva gaúcho cresce 29% em 2023

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  Em 2023, os municípios que mais produziram foram Pinheiro Machado, Canguçu e Encruzilhada do Sul

A produção de azeite no Rio Grande do Sul cresceu 29% em relação à última safra, chegando a 580 mil litros, mesmo com a estiagem prolongada que atingiu o Estado no último ano. Os dados, números recordes, foram divulgados na tarde desta segunda-feira (3) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pelo Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).

Além do aumento na produção, em litros, do azeite – que ano passado era de 448,5 mil, o Rio Grande do Sul também teve crescimento no número de produtores e na quantidade de marcas gaúchas. Agora, o Estado tem 22 lagares (nome dado à fábrica onde o azeite é produzido) contra 17 em 2022, e 23 novas marcas, totalizando 93, o que representa um crescimento de 32% em relação a última safra.

Os olivais estão presentes nas terras de 340 produtores em 110 municípios gaúchos, o que soma uma área plantada de 6,3 mil hectares, sendo 4,3 mil hectares em idade produtiva, ou seja, onde há pés de oliveiras com 4 anos ou mais que são colhidas para extração do azeite. Em 2023, os municípios que mais produziram foram Pinheiro Machado, Canguçu e Encruzilhada do Sul.

De acordo com o coordenador da Câmara Setorial da Olivicultura da Seapi, Paulo Lipp, as oliveiras no Estado se mostraram resistentes ao tempo seco dos últimos anos. “Consideramos um resultado muito bom. A oliveira é uma das culturas que menos sente a estiagem”, explicou. Apesar disso, ele ressalta que ainda é possível crescer. “É uma atividade de longo prazo.” A produção, com a quantidade de hectares plantada hoje, pode chegar a 900 mil litros nos próximos anos.

Ele pontuou, ainda, que os fatores que contribuem para o aumento exponencial da safra dos últimos anos são área plantada, apoio técnico e o trabalho dos produtores. Para a próxima safra, Lipp projeta que a falta de frio e o excesso de chuvas, em partes explicadas pelo fenômeno climático El Niño, podem afetar a produção. “É muito cedo para dizer, mas se chover muito na primavera, isso pode afetar”, concluiu.

Fonte: Jornal do Comércio / RS – Bárbara Lima