Conclusão de plataforma em São José do Norte gera clima de incertezas no setor naval no RS

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Sem novas obras previstas, trabalhadores temem por novas demissões. Setor naval já chegou a empregar mais de 20 mil trabalhadores na região. Plataforma foi deslocada para bacia de Santos, no litoral paulista, na manhã desta sexta (23) (Foto: Reprodução/RBS TV)

A plataforma P-74, encomendada pela Petrobras ao estaleiro EBR em São José do Norte, no Sul do Rio Grande do Sul, foi transferido para São Paulo, na manhã desta sexta-feira (23). Com o fim da obra, começa o momentos de incertezas por conta das possibilidade demissões no setor naval, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos.

A cidade de 27 mil pessoas já havia se acostumado com a estrutura de 332 metros de comprimento, 58 metros de largura e 50 metros de altura.

A P-74 foi a primeira plataforma encomendada pela Petrobras junto ao estaleiro, mas não há previsão de novas obras.

Essa foi a quinta plataforma de petróleo construída no Rio Grande do Sul. Em 2013, o setor naval empregava 24 mil trabalhadores no estado.

No entanto, as denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, e a crise na Petrobras mudaram esse cenário. Os três estaleiros empregam agora 500 funcionários.

A plataforma segue viagem até a bacia de Santos, no Litoral de São Paulo, onde será usada para a extração de petróleo e gás natural / Foto Paulo Ari Silva

“A gente poderia esperar uma festa, mais um empreendimento entregue aí pelos gaúchos, pelo Rio Grande do Sul. Mas a gente vê com muita tristeza essa saída da P-74 pela viabilidade que vem a assolar mais uma vez o desemprego, e a incerteza hoje que a gente não tem expectativa nenhuma de retomada do setor naval, a não ser o sucateamento que a gente tá vendo hoje”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Sadi Machado.