Complexo do Itajaí entra na disputa por super navios

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Os estudos que balizaram o edital foram ofertados pelos terminais Portonave e APM Terminals, e custaram quase R$ 7 milhões.

O complexo portuário do Itajaí (SC), formado pelos portos de Navegantes e Itajaí, entra na disputa pelos super navios que frequentam a costa brasileira. O governo do Estado de Santa Catarina lança no início da tarde o edital de licitação para a primeira etapa das obras dos novos acessos e nova bacia de evolução do complexo, o segundo em movimentação de contêineres do país, atrás apenas de Santos (SP). O empreendimento está orçado em R$ 130 milhões. A obra é considerada vital para a existência do complexo. A principal porta do comércio exterior do Sul tem perdido cargas para concorrentes devido principalmente, mas não apenas, às restrições físicas do estuário. O canal está limitado a receber embarcações de até 308 metros de extensão, que têm capacidade máxima para cerca de 8 mil Teus (contêiner de 20 pés). A nova classe de navios com 335 metros de comprimento, que escala o Brasil desde o ano passado e tem capacidade para até 9.600 Teus, não pode atracar no complexo catarinense. Trata-se de perda de competitividade para a indústria e o agronegócio da região – quanto maior o navio, maior a economia do armador por contêiner movimentado, o que pode diminuir o frete marítimo pago pelo exportador e importador.

“A partir do momento que o armador não consegue entrar em Itajaí ele procura outro porto. O complexo já perdeu quatro serviços de linhas de navegação, por isso a nova bacia de evolução tem de estar pronta o mais rapidamente possível”, afirma Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Terminals no Brasil, que opera um terminal de contêineres em Itajaí.