Como o Brasil e o Rio Grande do Sul encaram o desafio de produzir energia limpa

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Complexo Eólico Campos Neutrais, em Santa Vitória do Palmar, é o maior parque de energia do tipo localizado no EstadoMateus Bruxel / Agencia RBS

A emergência climática pressiona cada vez mais os governos e as empresas a adotarem medidas que reduzam a emissão de poluentes, que segue subindo em nível global. A principal cobrança é pela substituição do uso de fontes fósseis por fontes limpas – que geram menos gases de efeito estufa – para a produção de energia. A boa notícia é que o Brasil tem sido destaque na transição energética, com índices muito superiores à média mundial. Há, no entanto, desafios pela frente: o percentual de uso de fontes não renováveis e poluentes ainda é maioria na geração, por exemplo, de combustível para veículos e de gás de cozinha.

O conceito de energia limpa exclui fontes que, apesar de renováveis, sejam poluentes, como o biogás e o biodiesel, e foca naquelas com baixa emissão de gases de efeito estufa, como a eólica, a solar e a hídrica. Se essa aposta tem ampliado o número de pesquisas e descobertas no setor, multiplicam-se, também, demandas como a diversificação dos recursos, a autonomia energética e muito investimento financeiro.

 

Quando se fala em energia limpa ou renovável, dois índices são levados em consideração: o percentual de matriz elétrica, que indica as fontes utilizadas para produzir eletricidade, e o de matriz energética, mais amplo, que abrange também os recursos disponíveis para movimentar carros e preparar comida no fogão, por exemplo.

Tanto em sua matriz elétrica como na energética, o Brasil é destaque no uso de fontes renováveis. Não há um levantamento específico do percentual de energia limpa produzida, mas o Balanço Energético Nacional de 2022 feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, indicou que 82,9% das fontes de eletricidade no país são renováveis – o que inclui o gás natural, por exemplo, que não é considerado limpo – contra uma média global de 28,6%. A diferença da média brasileira para a mundial diminui quando se fala em matriz energética, mas ainda é significativa: passa para 48,4%, no Brasil, contra 15% no mundo.

Fonte: GZH / Isabella Sander