Com mercado aberto, Brasil busca vender algodão ao Egito

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O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o quarto maior produtor mundial.

Os produtores brasileiros têm como objetivo responder por 20% da demanda do algodão importado pelo Egito nos próximos dois anos e se organizam para ir em busca dessa fatia ainda no primeiro semestre deste ano. A meta foi estipulada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) após o mercado egípcio ter sido aberto para o algodão brasileiro neste mês. Na prática, isso significa que Egito e Brasil fizeram acordo fitossanitário que definiu as regras para o fornecimento do algodão brasileiro ao país árabe.

Diante da porta aberta, o setor deve fazer alguma ação de promoção comercial no Egito nos primeiros meses deste ano, de acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel (foto acima). Segundo Schenkel, isso já é feito em outros países junto com as embaixadas brasileiras e os adidos agrícolas e o mesmo deve ser realizado no Egito. O segmento quer mostrar a qualidade do algodão brasileiro, a rastreabilidade da produção e a confiabilidade do fornecimento.

O Egito é um importante produtor de algodão, mas o país cultiva especialmente o produto de fibra longa e extralonga, que é premium. Já o Brasil produz o algodão de fibra média. “O Egito importa em torno de 120 mil toneladas ao ano, nós queremos atingir em torno de 25 mil toneladas”, afirmou Schenkel à ANBA sobre a perspectiva de atender o país com cerca de 20% do que ele importa. O presidente da Abrapa afirma que essa tem sido a experiência brasileira ao entrar em novos mercados: conseguir uma fatia de 20% das importações, em alguns casos até 50%.