Casos de gripe aviária em leões e lobos-marinhos devem começar a diminuir a partir de novembro

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A incidência de gripe aviária em mamíferos aquáticos no Rio Grande do Sul deve começar a diminuir em novembro. Com a proximidade do período de reprodução dos leões e lobos-marinhos, que começa em dezembro, grande parte dos machos que descansa nos refúgios de vida silvestre (Revis) de São José do Norte e de Torres deve retornar ao Uruguai, de onde chegaram já doentes. O prognóstico é do coordenador do Projeto Pinípedes Sul, do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema, de Rio Grande, Sérgio Estima. “Os (animais) da unidade de conservação de Torres (Ilha dos Lobos) já começam a retornar ao final de outubro e novembro, fazendo uma parada intermediária em São José do Norte”, explica Estima.

Exemplares da Ilha dos Lobos, em Torres, são os primeiros a retornar ao país de origem | Foto: Projeto Pinípedes do Sul / Nema

O prognóstico leva em conta também a ausência do vírus em ambos os refúgios até agora. “Nossa hipótese é que, devido aos problemas respitaratórios e neurológicos característicos da influenza, os animais saem das unidades de conservação e não conseguem retornar, o que é bom porque não contaminam os demais”, ressalta o coordenador. A expectativa é que o número de mamíferos aquáticos mortos em decorrência da gripe aviária, nas praias gaúchas, reduza bastante até o verão, época de maior concentração populacional no litoral. Até esta quinta-feira, o Estado contabilizava 577 mamíferos aquáticos mortosna orla, sendo a maior parte dos casos (360) registrada nos municípios de Santa Vitória do Palmar e de Rio Grande, conforme a Secretaria da Agricultura (Seapi).

A coordenação do trabalho de monitoramento, controle, manejo e enterrio dos animais é feita pela Superintendência Federal da Agricultura no RS em conjunto com as secretarias da Agricultura (Seapi), Saúde (SES) e Meio Ambiente (Sema). A eliminação das carcaças está sob responsabilidade das prefeituras. O processo conta ainda com profissionais do Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Universidade Federal de Rio Grande (CRAM-FURG), do Ibama, do ICMBio e da UFRGS.

Fonte: Correio do Povo