Ataques de piratas chegam ao eixo Rio-São Paulo

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Segundo fontes ligadas ao setor, o mesmo ocorre no litoral paulista, em áreas como o terminal da Transpetro, em São Sebastião, e o Porto de Santos
Segundo fontes ligadas ao setor, o mesmo ocorre no litoral paulista, em áreas como o terminal da Transpetro, em São Sebastião, e o Porto de Santos

Os ataques de piratas romperam as fronteiras da Amazônia e chegaram ao eixo Rio-São Paulo. Os principais alvos são os terminais de armazenamento de combustível da Petrobrás e de outras petroleiras na Ilha do Governador, no Rio, em São Sebastião e no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Assim como nas ocorrências da Amazônia, os criminosos agem encapuzados e armados e usam pequenos barcos pequenos de alta velocidade para acessar os terminais.

“O píer está em águas marinhas. A cerca das distribuidoras vai até o limite da água. Por dentro das instalações eles não vão, pois teriam de passar por portaria, unidades de destilação. Então, quando fazem alguma dessas ações, é pela água, que pertence ao Estado e deveria estar sendo vigiada”, explicou uma fonte ligada às distribuidoras de combustíveis.

Empresas que atuam na área de logística passaram a contratar serviços de segurança para evitar ataques de piratas. É o caso da Brasbunker, responsável por parte do transporte de derivados de petróleo da Petrobrás, que tem serviço de proteção patrimonial 24 horas para conter sobretudo o roubo de diesel.

“A empresa teve de criar sua própria área de segurança patrimonial para defender suas embarcações e cargas”, disse o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação de Tráfego Portuário (Sindiporto Brasil), Carlos Augusto de Souza Aguiar Cordovil, que comandou a diretoria de apoio portuário da Brasbunker por vários anos. Após a criação do departamento, ao custo de R$ 1 milhão por ano, não houve mais registros de roubo de combustível, segundo Cordovil.

Fonte: Estadão