Após 6 meses de naufrágio com carga de bois no Pará, Justiça libera comandante sírio

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Desde o acidente, o porto de Barcarena está interditado para o embarque de carga viva. A CDP (Companhia de Docas do Pará) não apresentou um plano de emergência em caso de novos acidentes para que o local volte a funcionar
Desde o acidente, o porto de Barcarena está interditado para o embarque de carga viva. A CDP (Companhia de Docas do Pará) não apresentou um plano de emergência em caso de novos acidentes para que o local volte a funcionar

Após seis meses com passaporte retido, o comandante do navio libanês Haidar, que naufragou com a carga de 5.000 bois no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), teve o documento liberado, nesta segunda-feira (11), para retornar à cidade de Port Said, no Egito, onde mora com a família.

Abdulrahman Barbar solicitou ao TJ-PA (Tribunal de Justiça do Pará) a revogação da decisão judicial que determinava que o documento ficasse retido até a conclusão da investigação do acidente, que causou um dos maiores desastres ambientais do país.

O inquérito policial, iniciado em 6 outubro de 2015, ainda não foi concluído. No último dia 6 de abril, quando o acidente completou seis meses, a polícia informou que as investigações foram prorrogadas por mais 60 dias para poder cumprir diligências solicitadas pelo Ministério Público Estadual.

Até agora, o navio continua submerso no porto de Vila do Conde com as carcaças de cerca de 3.000 bois, que ficaram presos nos compartimentos de carga da embarcação. O navio levava os animais para abate na Venezuela e também estava carregando quase 700 toneladas de óleo diesel. Milhares de bois morreram afogados e parte do óleo se espalhou nas águas no rio Pará.