Produção brasileira de petróleo atingirá pico até fim dos anos 2030, diz BP

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No cenário de rápida transição energética, a BP prevê que a produção de biocombustíveis mais que dobrará até 2035, atingindo o patamar de 1,3 milhão de barris/dia. No cenário mais modesto, esse patamar atinge os 900 mil barris/dia na década de 2040.

A produção brasileira de petróleo crescerá de forma rápida nas próximas décadas, do patamar atual de 3 milhões de barris/dia para um pico de 4,3 milhões a 5 milhões de barris diários, segundo estimativas do “Energy Outlook 2020, publicado nesta segunda-feira pela petroleira britânica BP. Mesmo com o crescimento da produção de óleo, a expectativa é que as energias renováveis ganhem espaço na matriz energética brasileira.

A BP prevê que, num cenário de rápida transição energética para uma economia de baixo carbono, o pico de produção de petróleo no Brasil será registrado já no fim da década de 2020. No cenário de transição mais moderado, chamado de “business-as-usual”, o pico será atingido ao fim dos anos 2030.

Em todos os cenários assumidos pela empresa britânica, contudo, a participação das energias renováveis no mix de energia primária consumida no mercado brasileiro crescerá rapidamente, de 15% em 2018 para entre 32% (no business-as-usual) e 54% (no terceiro cenário, mais agressivo de transição energética, batizado de “net zero”) em 2050. As projeções não incluem a fonte hídrica. Já o petróleo perderá sua relevância gradualmente, em todos os três cenários, deixando de responder por 39% da matriz em 2018 para se limitar a 7% a 28%, a depender da velocidade da transição.

A multinacional projeta ainda que a energia nuclear será a segunda a crescer mais rápido, entre 3,4% e 4,8% ao ano no país. A BP acredita também que o Brasil continuará sendo um dos maiores produtores hidrelétricos do mundo. A previsão é que a participação da energia hídrica na matriz energética nacional, que era de 28% em 2018, fique entre 21% e 26%.