Universidade de Fortaleza cria robôs que podem ajudar a salvar vidas

0
912
IMPRIMIR
Os robôs Caipora e Saci, transportam toneladas e podem acabar com incêndios. É um universo onde tudo é guiado pela inteligência artificial

O nome remete ao folclore: C.a.i.p.o.r.a. É uma sigla, para “Carro automatizado instrumentado para perícia,observação, resgate e ataque a artefatos suspeitos”. É comprido, mas explica bem: porque o que vai definir a utilização do Caipora é o tipo de equipamento que será instalado na sua plataforma.

Há um braço mecânico para desarme de bombas, cilindros de oxigênio, para salvar vidas, quando o resgate for mais demorado. São várias aplicações, com poucos obstáculos.

Conhecemos um primo do Caipora. O nome dele vem de outro personagem da nossa cultura. É o Saci. S.a.c.i. é “Sistema de apoio ao combate de incidentes”.

O projeto nasceu no trabalho de fim de curso do engenheiro Roberto Macêdo. Para tirar a teoria do papel, ele precisou ouvir a experiência dos bombeiros. Desenvolveu, então, as esteiras que levam os 800 quilos do Saci. Pensou nas 13 baterias e nos sete motores que movem o robô e permitem a conexão de até três mangueiras d’água para lançar um único jato.“Ele pode chegar a 60 metros se der toda a vazão para ele”, diz o engenheiro Roberto Macêdo.

Operar o robô é extremamente simples e até o repórter consegue fazer. Em um primeiro botão, o operador decide se o jato é mais focado, ou se quer abrir um pouco o jato, para criar o que se chama de cortina d’água. Ou então, consegue também colocar mais para cima ou mais para baixo o jato d’água.

“O robô não é capaz de substituir um bombeiro, porque a cabeça continua do bombeiro. Ele é que controla a distância. Agora, ele pode salvar um bombeiro”, compara o engenheiro Roberto Macêdo.