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Mexilhões dourados encrustrados em um motor. itaipu.gov.br





Revista Conexão Marítima prepara uma reportagem sobre o Mexilhão Dourado, assunto de grande interesse mas pouco divulgado pela mídia. O bichinho é pequeno – não tem mais do que4cm – e vem de longe, mas é capaz de fazer um estrago considerável. É o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), umpequeno molusco de água doce, originário do sul da Ásia, que chegou ao Brasil em 1998 e já infestou rios, lagose reservatórios da Região Sul e do Pantanal e começa a ser detectado em São Paulo.

Além de desequilibrar os nichos ecológicosaos quais chegou, pondo em risco de extinção espécies nativas, o invasor ameaçao setor elétrico brasileiro, a agricultura irrigada, a pesca e o abastecimentode água.

A história do mexilhão dourado na Américado Sul começou em 1991, quando ele foi detectado pela primeira vez no Rio daPrata, próximo de Buenos Aires. O moluscobivalve (com duas conchas, que se fecham) chegou até ali na água de lastro denavios vindos do Oriente.
No Brasil, sua presença foi registrada pelaprimeira vez em 98, no Delta do Rio Jacuí, próximo a Porto Alegre. Em 99, foi detectado no Rio Guaíba, no qual oJacuí desagua, e na hidrelétrica paraguaio-argentina de Yacyretá, no Rio Paraná. Em abril de 2001, foi encontrado numa das tomadasde água (compartimentos anteriores às turbinas) da barragem de Itaipu, 400 quilômetrosacima de Yacyretá. Assista a reportagem.