O transporte da soja de Mato Grosso até o Porto de Santos, SP, por ferrovias está crescendo nos últimos anos. Com o trem e os caminhões, o escoamento não enfrenta problemas, mesmo em ano de safra recorde.
Nos campos de Mato Grosso já não tem mais soja. A colheita acabou e o movimento agora é nas estradas e nos trilhos. É o transporte de uma safra volumosa que tem o mercado externo entre os principais destinos.
Neste ano Mato Grosso está batendo recorde de exportações de soja. Entre janeiro a março foram mais de 4 milhões de toneladas, um desempenho histórico.
Mais de 50% da produção foi levada para o Porto de Santos, em São Paulo. Quase metade dessa soja foi transportada por caminhões. A Coabra (Cooperativa Agroindustrial do Centro-Oeste do Brasil), com sede em Cuiabá, tem mais de 200 associados e deve comercializar 200 mil toneladas de soja neste ano. Tudo vai para o porto de caminhão e não por ferrovias.
“A dificuldade maior de produtores que vêm com a ferrovia é que você tem dois tombos com mercadoria, tem que carregar com o caminhão e tem que levar até a ferrovia para traslado por trem e então levar para o porto. Isso encarece um pouco”, explica Helvio Fiedler, diretor-executivo da Coabra.