José Antunes Sobrinho, um dos sócios da Engevix, mandou, por meio de seus advogados, um comunicado à CPI dos Fundos de Pensão, na quinta-feira (11), no qual afirma que permanecerá calado durante seu depoimento, marcado para a terça-feira (16). Sobrinho alega estar em “tratativas relativas nos processos a que responde”. E, por isso, “em nada poderia contribuir para a apuração em referência”. Ou seja, estaria, segundo parlamentares, negociando um acordo de delação premiada.
O presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB), desconfia da versão de Antunes. Tanto é que prepara ofícios para os magistrados que cuidam da Lava Jato – o juiz federal Sergio Moro e o ministro do STF Teori Zavascki – para perguntar sobre a veracidade da informação de que Antunes fechou ou está negociando um acordo de delação premiada.
A desconfiança de Efraim decorre da experiência com Gerson Almada, sócio de Antunes. Ele foi à CPI em setembro do ano passado e, para não responder às perguntas, disse que estava fechando um acordo de delação premiada o que, segundo Efraim Filho, não se confirmou.