Site simula redes de transporte do Império Romano

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Portal da Universidade de Stanford permite conhecer complexas redes de transporte do território que alcançou três continentes e simular como seriam as viagens
Portal da Universidade de Stanford permite conhecer complexas redes de transporte do território que alcançou três continentes e simular como seriam as viagens

Como seria planejar uma viagem pelo Império Romano? O território que alcançou 4.400.000 km² há cerca de dois mil anos contou com um complexo sistema de transportes e de comunicação, que mantinha a integração de uma área que se estendia ao longo de três continentes.

Simulações sobre essas redes e como os deslocamentos seriam possíveis por terra e água estão reunidas em um site desenvolvido pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. O projeto, denominado Orbis, contempla sites e mapas que abrangem, entre outras informações, uma rede rodoviária de 84.631 quilômetros, complementados por 28.272 quilômetros de rios e de canais navegáveis.

A iniciativa já tem cinco anos. O modelo permite estimar custos de comunicação em termos de tempo e despesa. Assim, ao simular o movimento nas rotas rodoviárias e aquaviárias, é possível obter a duração e o custo financeiro de uma viagem no Mundo Antigo. Para saber mais, sobre o Orbis, acesse o site: http://orbis.stanford.edu/. As informações são em inglês.

Simular os deslocamentos é interessante para compreender como as conexões aconteciam em um território tão extenso. Além disso, chama a atenção que a integração entre modais tornava o transporte mais barato. Por exemplo, uma viagem de Roma a Constantinopla em julho levaria quase 22 dias, ao longo de 2.724 quilômetros por terra e água, a um custo de 606,24 denários, moeda que circulava no Império Romano. Mas se a viagem fosse somente por terra, levaria 73 dias e custaria quase cinco vezes mais.

As tecnologias de transporte que permitiam os deslocamentos no Império Romano eram movidas pela energia gerada por corpos humanos, animais e vento. Mas um estudante da Universidade de Chicago foi além e tentou imaginar como seria se as principais ligações desse grande império fossem feitas por linhas de metrô.

Com base no modelo da Universidade de Stanford, entre outros, o jovem Alexandr Trubetskoy criou um mapa, no qual contempla as principais estradas reais, cujos nomes são conhecidos na atualidade, como Via Appia ou Via Militaris, com estradas que não têm um nome histórico conhecido.

O resultado está na imagem abaixo.

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