Sentado a beira do caminho

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*por Ivon Carrico

No dia 22 de novembro, há 59 anos, em Dallas, no Texas, o então Presidente americano John Kennedy sucumbia aos disparos de um atirador escondido em um depósito de livros, quando de um desfile em carro aberto.

Eram aproximadamente 13h do horário local, mas logo – dado ao choque e a comoção causados – a notícia se espalhou pelo mundo. A repercussão foi imensa, pois aquele líder americano detinha enorme popularidade em todas as latitudes e longitudes do Planeta.

Foi um daqueles dias de cão, como já mencionei em outro texto. Até então nunca se vira tamanha tristeza. O mundo todo se postou em reverência daquele que acreditou e lutou pelos direitos civis da extensa comunidade afro-americana. E, provavelmente, por essas razões foi assassinado.

Assim, o dia 22 de novembro nos lembra muito da irracionalidade humana que se sobrepõe à coerência e ao respeito às divergências. Em todos os sentidos. Como aqui hoje ocorre.

Mas – hoje, nesse mesmo dia e, também, no mesmo mês – o Brasil, mais uma vez, chorou. Desta vez, entretanto, por outros motivos. Outro nome da cena musical nos deixa – Erasmo Carlos. Aquele que – junto com outro ícone, Roberto Carlos – embalou gerações de brasileiros com suas lindas letras e melodias.

Para completar, outro grande nome do cancioneiro latino-americano, o Cubano Pablo Milanês, também partiu. Ele, também, soube envolver a nós brasileiros com a sua música, quando das muitas apresentações por aqui com nossos autores e cantores.

Que dia triste!!!… Sentados à beira do caminho vendo nossos ídolos partirem. O Brasil está ficando sem graça.

* Ivon Carrico, Engenheiro Civil, Servidor Público Federal, com passagem por 10 órgãos federais. Dentre eles a Anvisa e a Presidência da República