Rio Grande: um oceano de história

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                                       Porto Velho de Rio Grande em 1862 / Hermann Wendroth

Foi no dia 19 de fevereiro de 1737 que o Brigadeiro José da Silva Paes adentrou à Barra de Rio Grande para dar início à colonização das terras. Ele estava acompanhado de navegadores portugueses. Inicialmente o povoado foi chamado de Rio Grande de São Pedro. Na chegada os portugueses fundaram o forte Jesus, Maria e José para estabelecer a presença militar e assegurar aos lusitanos a posse da terras ao Sul. Em 1751, o povoado passou a ser a Vila de São Pedro. Em 1753 a Vila passou a ser ocupada por militares da coroa espanhola e por aqui ficaram por 13 anos até serem expulsos em 1776 pelas tropas portugueses liderada por Raphael Pinto Bandeira.

Em 1835 a vila passou a ser considerada cidade. A região começava a ser desenvolvida baseada nas operações portuárias, na pecuária e na produção de charque. “A proximidade do Oceano, garante um desenvolvimento permanente. É aqui que todos os navios tem que entregar seus papéis, sendo que a maior parte deles raramente seguem adiante. É aqui também que os principais negociantes residem ou tem seus agentes estabelecidos de tal maneira que ela pode ser considerada como o maior mercado do Brasil Meridional”, disse John Luccock um comerciante inglês em seu relato registrado em um de seus livros.

E ele estava certo. A tecelagem, a indústria do pescado, o refino do petróleo e a indústria naval (mais recentemente) foram ciclos fundamentais para o desenvolvimento de Rio Grande. São 282 anos de muitas histórias, 220 mil habitantes e visitantes que aqui fazem seus  negócios. Nenhuma época acumulou tantas transformações tecnológicas quanto o século 21. Hoje carros, aviões, trens, fazem parte de nosso dia a dia, mas o mar, em compensação é quase um lugar remoto, cenário de antigas histórias de exploradores. Quando não estamos navegando pelas águas ou em uma praia, temos pouca chance de experimentá-lo diretamente. Parabéns Rio Grande. Um oceano de história.