Rio Grande na rota do Clube das Mais Belas Baías do Mundo

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Assembleia geral do clube em Taiwan.O clube procura promover a troca de experiências entre os membros ao nível de políticas de proteção, conservação e desenvolvimento sustentado das baías

por Diniz Júnior

O Clube das Mais Belas Baías do Mundo foi constituído em março de 1997, em Berlim, com a designação “Club des Plus Belles Baies du Monde”, sendo uma associação que se rege segundo a legislação francesa. O Clube das Mais Belas Baías do Mundo existe há 25 anos e conta com 39 baías de 27 países do mundo.

A entidade tem como missão reunir as baías mais bonitas em nível internacional e criar uma plataforma de intercâmbio sobre as boas práticas de preservação ambiental. As 39 baías que atualmente fazem parte do Clube são selecionadas pelo seu grande valor estético, mas também com base nos critérios da UNESCO, no que diz respeito aos aspectos naturais e culturais. São baías conceituadas, mas ao mesmo tempo frágeis.

 A Praia do Rosa – que recebeu o título em 2003 e é a única brasileira – foi selecionada por fazer parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, por ser núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, pela beleza cênica e por sua preservação ambiental.

Equilíbrio entre o turismo e a natureza

O ambientalista e jornalista gaúcho, Eduardo Peixoto, é um entusiasta do Clube das Mais Belas Baías do Mundo. Em 2001 participou da fundação do Instituto Baleia Franca (IBF) em Santa Catarina. Segundo Peixoto, além dos trabalhos de conservação marinha, foram implantadas estratégias para incentivar o turismo sustentável de natureza para dar maior sustentabilidade a ONG utilizando a observação de baleias francas, turismo embarcado – Whale watching. “Exatamente na época de inverno, com a chegada das baleias franca e o término do turismo de verão em Santa Catarina, conseguimos agregar nova atividade sazonal e promover maior geração de emprego e renda para comunidades litorâneas de Garopaba e Imbituba. Isso incentivou o aumento de público nos hotéis, restaurantes, guias, e visitação”, frisou o ambientalista.

                             Eduardo Peixoto/Arquivo pessoal

Em dezembro do ano passado, em contato com o secretário geral do clube e um dos seus fundadores, o francês Bruno Bodard, Peixoto sugeriu a possibilidade de apresentar o município do Rio Grande e sua belíssima biodiversidade ao clube, recebendo a aprovação para apresentação e submissão ao conselho geral da instituição em dezembro, no Camboja.

“Repassei ao Prefeito Fábio Branco o assunto que está sendo analisado e criado um grupo de trabalho para respectiva posição junto ao clube. Entendo que Rio Grande e sua lagoa dos Patos, seus aspectos históricos, gastronomia, biodiversidade marinha, praias, unidades de conservação como o Taim, Banhado do Maçarico e Apa da lagoa verde, banhados, fauna e flora exuberante, museus e uma grande universidade voltada para estudos marinhos, fará com que a cidade do Rio Grande tenha uma grande oportunidade de juntar-se ao seleto clube das mais belas baías do mundo”, finalizou Eduardo Peixoto.

 

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