Rio e Petrobras

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Recente estudo da Federação das Indústrias do Rio (Firjan) mostrou que 50,9% dos novos investimentos no estado virão de fonte única: Petrobras.  Mesmo com atraso, o pólo de Itaboraí (Comperj) será um marco para o estado, pois se localiza em região de baixíssimo nível de desenvolvimento humano, que deverá sofrer uma revolução, altamente positiva. A decisão de fazer uma nova sede no Centro do Rio, embora bombardeada pelo ministério público, será altamente positiva para o mercado imobiliário da capital fluminense.

Em um ponto, surge polêmica: há críticos ao excesso de pontos-base para barcos de apoio, os “supply-boats”. A estatal tem bases em Imbetiba-Macaé, Rio (Triunfo), Rio (Petrobras), Ishibrás-Briclog, Nitshore-Niterói, Nitshore-Brasco, e Technip-Angra ; em construção estão as unidades do Açú e de Barra do Furado, ambas no Norte fluminense. Em planos, estão: Ishibrás-Briclog-Brasco, no Rio: São Gonçalo; Itaguaí-Transpetro; Forno-Arraial do Cabo, Maricá e Macaé II. Há críticas especialmente à ocupação de extensa área do Porto do Rio. Técnicos e empresários acham que porto deve ser entreposto e não base offshore, por mais que isso renda lucros imediato à CDRJ. A empresa começou a ocupar enorme área do porto do Rio e críticos afirmam que isso poderá afetar a cidade, pois não se pode ter tamanha concentração de serviços petrolíferos.

Defensor dessa ocupação, o subscretário fluminense de Transportes, Dalmo Pinho, garante que o porto não será prejudicado, pois, de um lado, localiza-se a estação de passageiros, onde será levantado um segundo terminal. Na outra ponta, os dois terminais de containeres – de Libra e Multiterminais – já estão com seu futuro definido. Ganharam extensão de prazo de concessão, mas, em contrapartida, terão de fazer pesados investimentos para ampliar sua capacidade de movimentação de cargas. A Libra irá estender seu pier mar adentro, enquanto a Multiterminais seguirá linha diferente: os containeres ocuparão área da operação com carros – feita pelo mesmo grupo – e os veículos serão estocados em um edifício especial, que já tem autorização de autoridades do porto (CDRJ) e dos órgãos ambientais.

Também essencial para o desenvolvimento fluminense é a reativação do estaleiro Inhaúma, o antigo Ishibrás, no Caju, nas proximidades do porto. Unidade industrial emblemática, onde foram construídos os maiores navios do país – “Tijuca” e “Docefjord” – o ex-Ishibrás pertence à gigantesca estatal, que o aluga a privados, para executarem exclusivamente obras para o pré-sal. Igualmente a volta do antigo Caneco à operação, com outro nome – prestes a ocorrer – e a expansão dos demais estaleiros está diretamente ligada a obras da Petrobras ou a encomendas da subsidiária Transpetro.