Reunião em Brasília trata dos empreendimentos do Grupo Cobra

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Uma comitiva gaúcha, formada pelo deputado federal, Daniel Trzeciak, pelos secretários estaduais de Relações Federativas Internacionais, Ana Amélia Lemos, e de Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, pelo prefeito municipal, Fábio Branco, pelo superintendente da Portos RS, Fernando Estima, e pelo CEO do Grupo Cobra no Brasil, Jaime Llopis, esteve em Brasília entre os dias 09 e 10 de março para uma série de compromissos, entre eles uma reunião com o ministro de minas e energia Bento Albuquerque.

Na ocasião, os representantes gaúchos apresentaram ao ministro e seus assessores os avanços obtidos para a liberação das licenças dos empreendimentos que o Grupo Cobra pretende construir em Rio Grande, como o terminal de regaseificação e a usina termelétrica. Albuquerque se mostrou satisfeito com as informações recebidas e disse que iria debater com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os próximos passos para o bom encaminhamento do projeto.

INVESTIMENTO BILIONÁRIO

A concessão de licenças para a instalação de um complexo à base de gás naturalno município de Rio Grande, no sul do Estado, a um custo aproximado de R$ 6 bilhões, é vista por especialistas como um ponto de mudança de patamar do Rio Grande do Sul em termos de infraestrutura.Um dos gargalos ao desenvolvimento gaúcho é a limitação no fluxo de gás por meio do gasoduto Brasil-Bolívia — o diâmetro da canalização só permite a passagem de 2,8 milhões de metros cúbicos ao dia. O projeto original do complexo em Rio Grande, em comparação, prevê até 14 milhões de metros cúbicos diários, ou cinco vezes mais.

— Não se consegue, por exemplo, despachar a termelétrica Sepé Tiaraju (em Canoas) a gás natural, é sempre a diesel, porque o gás não consegue chegar até ali. Seria possível substituir uma geração de energia mais cara e poluente com a possibilidade de injetar gás — exemplifica o consultor.

Para isso, o combustível será transportado em navios para a futura planta industrial em Rio Grande na forma líquida — por meio da diminuição da temperatura e do aumento da pressão, o gás se torna liquefeito e diminui centenas de vezes de volume. A estação de regaseificação a ser erguida pelo Grupo Cobra, com sede na Espanha, voltaria a elevar a temperatura e devolveria o produto ao seu estado original para ser injetado na termelétrica a ser implantada nas proximidades.

Foto: Divulgação/Portos RS