No auge das atividades, em 2013, o setor chegou a manter 24 mil empregos diretos. A crise da Petrobras e as investigações da Lava-Jato, que alcançaram empresas em atuação no município, praticamente paralisaram as atividades dos estaleiros, gerando desemprego e uma ressaca econômica. Porém, a produção de insumos sustentáveis na Refinaria Riograndense não prevê novos empregos na unidade, o que só deve ocorrer com a ampliação da planta nos próximos anos.
Em entrevista hoje pela manhã ao programa “Atualidades” da rádio Gaúcha, o prefeito do Rio Grande Fábio Branco, destacou o retorno dos investimentos da Petrobras. “Essa noticia é muito importante. Por ser a primeira refinaria do Brasil, e na época existir o monopólio do petróleo, a Refinaria não cresceu. A partir de agora a Refinaria vai operar com o biorrefino o que traz novamente um mercado promissor para Rio Grande. A presença do presidente da Petrobras na região é um bom sinal. Queremos voltar a gerar empregos e renda com conteúdo local com responsabilidades. O estaleiro EBR em São José do Norte está em pleno funcionamento com 4 mil funcionários que trabalham na construção de módulos para integração das plataformas” destacou Branco, que também defendeu o desmanche de plataformas e de navios da Petrobras que hoje é realizado em estaleiros na Ásia.
Pelas contas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cerca de cem plataformas devem ser desmontadas nos próximos 20 anos, a maior parte da Petrobras. Em média, a vida útil de uma instalação do tipo é de 25 anos. No Brasil, há 66 nessa condição. Outras 23 estão se aproximando dessa idade e, em breve, também devem ser desmobilizadas. Há, portanto, 89 unidades candidatas ao desmonte, segundo a ANP. Segundo o prefeito esse desmanche pode ser feito em Rio Grande. “É uma oportunidade de negócios, e de geração de empregos”, finalizou Branco.
Petrobras retoma investimentos em Rio Grande e projeta primeira biorrefinaria do país
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