Rede de hidrovias bate recorde histórico de movimentação de cargas e inicia novo ciclo de expansão

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Também estão em andamento os estudos sobre descarbonização do setor marítimo e a análise dos dados do transporte marítimo dos países membros do Mercosul e do Plano Setorial Hidroviário, entre outros

A rede de hidrovias brasileiras iniciou um novo ciclo de expansão ao registrar movimentação recorde no transporte de cargas nos cinco primeiros meses do ano. Pelos rios brasileiros passaram mais de 51,2 milhões de toneladas de mercadorias nas quatro regiões hidrográficas que compõem o conjunto logístico de vias interiores do país. É o melhor resultado da série histórica para os cinco primeiros meses do ano e equivale a uma alta de 6,53%, na comparação com 2022.

O principal destaque é a região Amazônica, cujos rios cumprem o mesmo papel reservado às rodovias e ferrovias no restante do país. Tudo passa pelas hidrovias, responsáveis pelo escoamento de 32,1 milhões de toneladas entre janeiro e maio de 2022, o que equivale a uma alta de cerca de 10% na comparação com o mesmo período de 2022. A região responde por quase dois terços de todo o transporte fluvial brasileiro.

Já a região hidrográfica do Paraguai foi o principal destaque percentual ao longo do período, com crescimento de 52,9%, o que equivale a mais de 3,3 milhões de toneladas transportadas. Pelos rios da região do Tocantins-Araguaia passaram 18,6 milhões de toneladas, um aumento de 0,8%, se comparado aos cinco primeiros meses de 2022. Na região do Atlântico Sul, o total de cargas escoadas chegou a 2,2 milhões de toneladas.

Os dados são do painel estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). O órgão recebeu do Ministério de Portos e Aeroportos um reforço de 17% no orçamento. O objetivo é ampliar o incentivo à navegação hidroviária, por meio do reforço de estudos preliminares e levantamentos técnicos.